O que está ouvindo é uma canção francesa interpretada por 20 estudantes da escola secundária nº 21 desta Capital. Há dois meses, estes estudantes começaram a estudar com um professor francês. Eles recepcionaram a nossa reportagem entoando esta canção.

Na sala de estudo, o aluno Ma Siyang disse: "Meu objetivo em apreender Francês nesta escola é estudar na França, um país moderno. Com o estabelecimento das relações diplomáticas, a amizade entre a China e a França vem se desenvolvendo rapidamente. Se eu puder dominar bem o francês, poderei encontrar bom trabalho na China".

Outra aluna, Cun Wenwen, também disse à nossa reportagem que ela está muito interessada na cultura francesa. Com o domínio do Francês ela poderá conhecer melhor e diretamente a cultura francesa e sentir a moda mundial. Ele considera a pronúncia do Francês mais difícil do que a da Língua Inglesa. Mas, com a ajuda do professor, ela venceu esta dificuldade. Ela afirmou: "O método de ensino adotado pelo professor é muito bom e ajuda muito em meus estudos. Embora a pronúncia seja difícil, o estudo desta língua estrangeira será fácil se dominar o método".

A diretora da escola secundária nº 21, Zhao Jingzhi, disse que abriu o curso de Francês voltado para o primeiro ciclo no início de 2000. Este ano, o segundo ciclo passou a receber estas aulas. Atualmente, 20% de seus mil alunos participam do curso. Zhao disse que os alunos podem dominar noções básicas durante o primeiro ciclo do curso de Francês. No segundo ciclo (3 anos) os estudantes podem falar, ler e escrever artigos simples, assentando uma sólida base para aperfeiçoamento. Ela disse: "Além do Inglês, os alunos devem dominar o Francês. Isto facilitará o intercâmbio internacional."

Há sete anos, o ex-presidente chinês Jiang Zemin manteve o encontro com o presidente da França, Jaques Chirac, no qual decidiram desenvolver o intercâmbio cultural entre os dois países. Segundo esta decisão, algumas escolas secundárias da China ministrariam o curso em Francês e vice-versa.

Para cumprir este projeto, nos últimos anos, os setores diplomáticos e educacionais dos dois países envidaram grandes esforços. Atualmente, em Beijing e Shanghai, há mais de três mil alunos de 28 escolas cursando o Francês.

O responsável pelo projeto de ensino do francês da Embaixada da França na China,Arnaud Saussac, disse à nossa reportagem que "em cooperação com setores educacionais da China, introduzimos o curso de Francês nas escolas secundárias, recomendamos professores franceses e oferecemos livros e materiais didáticos". Ele manifestou-se muito contente com o desenvolvimento de sua Língua na China, afirmando:

"Estou otimista. Quatro anos atrás, eu estive pela primeira vez na China. Poucos chineses queriam aprender o Francês. Mas, o crescente número de chineses, sobretudo os jovens, estão se dedicando aos estudos, demonstrando que o Francês está se propagando pelo território chinês".

Atualmente, 35 escolas superiores ministram o curso do Francês entre as 600 existentes. Muitos freqüentam o curso fora do expediente de trabalho.

Lan Wenqing, 50 anos, é um destes exemplos. Ela trabalha como tradutora de Inglês numa empresa mista. Para facilitar seu trabalho, todos os sábados, ela estuda no curso ministrado pela Universidade Normal de Beijing. Entre os 20 estudantes matriculados há universitários, professores secundários e empregados de empresas de capital estrangeiro. Apesar do árduo trabalho, eles persistem nos estudos, superando muitas dificuldades. Seis meses depois, Lan deve concluir o curso. Ela disse, no entanto, que continuará estudando para dominar o Francês.

Nos últimos dois anos, com o aumento do intercâmbio bilateral, muitos chineses querem estudar na França. Agora, falar correntemente o Francês já é uma moda na China.