A tibetologia é um setor acadêmico destinado ao estudo da história e da cultura tibetana. A etnia tibetana é uma minoria nacional com longa história e brilhante cultura da China. Na série de reportagens "A Vida dos Tibetanos" de hoje, vamos conhecer o tibetólogo Xiayu·Pingchuociren e como ele obteve sucessos acadêmicos ao longo dos anos na tibetologia, história, budismo e outros ramos sobre a etnia tibetana.
Xiayu·Pingchuociren mora num bairro do leste de Lhasa, capital do Tibet. O pátio da casa amplo e plano está bem arrumado e coberto de verde. Ao longo da vereda, desabrocham as flores de pessegueiros vermelhas claras e azáleas cor-rosa. Este ambiente tranqüilo na cidade movimentada e barulhenta ajuda-nos a conhecer melhor o seu dono calmo e sabedor.
Tendo atravessando a vereda, encontramos Xiayu·Pingchuociren lendo atentamente um livro no quiosque. Quando vêem os estranhos, dois cachorros põem-se a ladrar. O dono convida-nos a entrar na sala de visita e oferece-nos chá de manteiga. Ele conta-nos como estudou e dedica-se às pesquisas acadêmicas.
Xiayu·Pingchuociren tem 70 anos. Aos 7 anos, começou a estudar o tibetano numa escola privada. E mais tarde, passou a estudar o calendário astronômico e a teoria das poesias de língua tibetana. Para assimilar mais conhecimentos, ele estudou também medicina, história e o budismo tibetano. Durante os mais de vinte anos de estudo, graças à aplicação e ao talento, ganhou o respeito e estima no setor acadêmico. Ele nos diz que mesmo depois do trabalho, ele costumava levantar-se cedo para estudar 4 horas antes do serviço. Mesmo nos intervalos de reuniões, não deixou passar nem um minuto. Ele afirma:
"Naqueles anos, eu ansiava por aprender mais. Copiei até em cadernos trechos de almanaques da história tibetana para ler nos intervalos de reuniões".
Por diferentes motivos, Xiayu·Pingchuociren que adora a tibetologia não conseguiu nunca se dedicar às pesquisas acadêmicas deste ramo. Em 1998, aos 60 anos, aposentou-se no funcionalismo público e passou a dedicar-se à tibetologia. Ele revela:
"Depois da aposentadoria, livrei-me de encargos pesados no governo. Foi difícil traduzir em palavras meu alívio e satisfação".
Para Xiayu·Pingchuociren, a aposentadoria significa a segunda primavera que o leva para a carreira acadêmica. Nos anos restantes de sua vida, quer compilar seus conhecimentos em livros para a nova geração. Para este fim, ele percorreu mais de 50 distritos tibetanos num percurso superior a 20 mil quilômetros e visitou todos os templos locais da religião primitiva Bem. E redigiu a obra "A história e a Atualidade dos Templos da Religião Primitiva Bem do Tibet", detalhando as localizações e os ambientes de todos os templos desta religião. A obra foi traduzida para o japonês e o inglês, provocando fortes reações no setor tibetológico dentro e fora do País.
A partir daí, Xiayu·Pingchuociren nunca parou de avançar nas pesquisas acadêmicas. Até agora, ele publicou oito livros, inclusive o Espenho da História do Tibet e a História da Religião do Tibet. E outro livro novo será editado em breve. Estas obras não só proporcionam copiosos materiais, mas também servem de ponte para a divulgação da cultura tibetana. O Professor da Universidade do Tibet Dengbaredan comenta com as seguintes palavras:
"As obras sobre o budismo e a história do Tibet que Xiayu·Pingchuociren redigiu são livros de referência, exercendo grandes influências sociais. O Espelho da História do Tibet é o melhor livro de consulta para o curso da história e cultura do Tibet e foi escolhido como manual da Faculdade de História da Universidade do Tibet. Podemos dizer que Xiayu·Pingchuociren contribuiu para herdar e desenvolver a cultura tibetana".
Xiayu·Pingchuociren é um professor sério e incansável no ensino. Seus cinco mestres obtiveram sucessos na tibetologia, história e budismo. Quanto a estes discípulos, ele afirma com satisfação:
"Nos exames finais do mestrado, os primeiros três estudantes foram qualificados como excelentes pelo júri. Um deles fez pesquisas sobre as diferenças entre a religião Ben e a religião Dunba, setor que eu não consegui terminar. Ele publicou uma obra da matéria. Os outros alunos também lograram certos êxitos nos respectivos campos de pesquisas e vão editar suas obras".
Xiayu·Pingchuociren não só é um erudito sério, mas também mostra grande interesse na vida. Vêem-se no escritório várias pinturas, feitas por grandes pintores tibetanos. Adora a fotografia. Em todas as viagens, ele costuma tirar fotos como lembranças. Referindo-se a estas coleções, ele não pode conter sua alegria, satisfação e orgulho. O seu rosto enrugado testemunha seu estilo acadêmico que formou nas pesquisas durante toda a vida.
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