As construções de palácios se referem aos conjuntos arquitetônicos que os soberanos mandaram edificar para consolidar seu controle, realçar o seu poder imperial e atender às suas necessidades cotidianas. A grande parte dessas construções são grandiosas e esplêndidas.
A partir da dinastia Qin (220 ? 206 a. C), o "palácio" passou a ser a residência oficial do imperador e da família imperial. Era também a sede dos assuntos estatais. A envergadura dos palácios se ampliava constantemente. Os palácios são marcados pelo telhado revestido de telas douradas esmaltadas, o teto com decorações de pinturas coloridas e refinadas esculturas, os balaústres e suas espaçosas plataformas em mármore branco. Exemplo disso é o Salão da Harmonia Suprema no Palácio Imperial de Beijing.
A manifestação da supremacia do poder imperial e do conceito social hierárquico foi adotada nos palácios por intermédio do eixo central e da distribuição simétrica de edifícios. Os altos e magnificentes salões no eixo central contrastam com as baixas e simples construções que se situam a seus dois lados. A tradição do sistema ritual da antigüidade chinesa rende culto aos ancestrais e às divindades de Terra, estimula a fidelidade filial e dá importância à produção agrícola, por isso, os templos aos ancestrais e às divindades são construídos em frente dos palácios respectivamente à esquerda e à direita. Os palácios imperiais se dividem na parte da frente e na parte de trás, e a corte, onde se realizavam as audiências e cerimônias imperiais, fica na parte da frente e os palácios residenciais, onde moravam os imperadores e seus familiares, na parte de trás.
O Palácio Imperial de Beijing, aliás, Cidade Proibida, é a obra-prima das edificações palacianas chinesas. Trata-se do palácio de 24 imperadores das dinastias Ming e Qing. Rodeado por um rio artificial de defesa e vedado de muros vermelhos de vários metros de altura com mais de 3400 metros de comprimento, ele possui uma área de 720 mil metros quadrados e mais de 9 mil cômodos. Em 1987, o Palácio Imperial de Beijing foi tombado como patrimônio cultural da Humanidade pela Unesco.
Na sua parte da frente, localizam-se o Salão da Harmonia Suprema, o Salão da Harmonia Central e o Salão da Harmonia Preservada, onde os imperadores promoviam grandiosas cerimônias ou despachavam burocraticamente. Os salões são construídos nas plataformas de mármore branco de 8 metros de altura e possuem magníficas decorações. Na parte de trás, se situam o Palácio da Pureza Celeste, o Palácio da Tranqüilidade Terrestre e o Jardim Imperial, onde moravam os imperadores e seus familiares.
Com a substituição dos regimes e as sucessivas guerras, restaram poucos conjuntos arquitetônicos de palácios da antigüidade chinesa. Além do Palácio Imperial de Beijing e do Palácio Imperial de Shenyang, existem algumas relíquias dos palácios das dinastias Han e Tang em Xi´an.
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