Começou o Ano Cultural da França na China. Ele foi aberto com o concerto de Jean Michel Jarre, realizado no Palácio Imperial de Beijing. É a primeira vez que o palácio é aberto para um concerto estrangeiro nos últimos 80 anos. Segundo as estatísticas, o concerto atraiu 15 mil visitantes e foi transmitido ao vivo pela Televisão Central da China (CCTV, em sua sigla em Inglês).
Jarret é um dos pioneiros da música eletrônica mundial e costuma se apresentar ao vivo nos mais importantes monumentos mundiais. O coordenador do Ano Cultural da França na China salientou que as atividades visam fortalecer e renovar as impressões dos chineses sobre a França.
A diretora do Gabinete de Imprensa do governo municipal de Beijing, Wang Hui, afirmou que o Palácio Imperial de Beijing representa a arquitetura tradicional chinesa e diariamente atrai centenas de milhares de visitantes chineses ou estrangeiros. O concerto de Jarre faz com que se combinassem as artes oriental e ocidental.
Em 1981, Jarre realizou seu concerto no Estádio dos Operários de Beijing. Trata-se do primeiro músico ocidental a se apresentar na China após a adoção da política de abertura e reforma.
Ele disse que se passaram mais de 20 anos e que a China sofreu grandes mudanças. Naquela época, a China se abria pela primeira vez à uma apresentação estrangeira. Para ele e seus parceiros, se apresentar na China é o mesmo que se apresentar em Marte. Mas, a viagem desta vez foi diferente. Os trabalhos preparativos do concerto foram realizados com base na estreita cooperação entre técnicos e artistas chineses e franceses.
Ele espera que seu concerto exiba tanto a amizade tradicional entre a China e a França a todo o mundo quanto o espírito de renovação e fraternidade da França ao globo.
Beijing,10 de outubro, em cerimônia realizada na Galeria de Arte da China, o presidente Hu Jintao recebe Jacques Chirac e um acervo com 51 obras impressionistas francesas para ato inaugural sobre Cultura Francesa.
A exposição reúne obras da coleção de arte moderna do Museu D'Orsay, dos mestres Claude Monet, Edgar Degas, e Edouard Manet.
Esta é a maior exposição impressionista francesa realizada em outro país.
Renaud Donnedieu, Ministro da Cultura e Comunicação da França, compara o espírito da inovação mostrado nas pinturas impressionistas com o impulso das relações bilaterais.
O presidente Jacques Chirac espera que a mostra desperte a curiosidade dos chineses em conhecer a França, a exposição reforça a iniciativa proposta pelos países durante a 5ª Reunião Ásia-Europa, sobre diálogos entre as culturas e civilizações.
Chirac não é o único entusiasta, Bernard Arnault, patrocinador do evento e responsável pela LVMH Group, uma importante marca de luxo francesa, diz que as comunidades empresariais dos dois países poderiam encontrar mais oportunidades, unir esforços e proporcionar outros eventos para o público chinês.
Li Zhaoxing, Ministro das Relações Estrangeiras da China, manifestou a vontade mútua sino-francesa pela diversificação das diferentes culturas, por um mundo multilateral, e participação ativa da Organização das Nações Unidas (ONU) em assuntos internacionais. Compartilham também mesmo posicionamento em assuntos como os que envolvem a eliminação da pobreza e a proteção do meio ambiente.
Para o embaixador chinês na França , Zhao Jinjun, a parceria estratégica entre China e França serve de exemplo para as iniciativas de desenvolvimento entre a China e outros países europeus.
Em plena concordância com seu colega chinês, o embaixador francês na China Philippe Guelluy disse que o Ato Cultural China-França é o pioneiro em termos de intercâmbio cultural entre as duas nações, que oferece oportunidades para a cooperação futura.
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