O Banco para Desenvolvimento Asiático (ADB, em sua sigla em Inglês) divulgou recentemente um relatório afirmando que a economia chinesa realizará em 2005 seu pouso suave. O ADB prevê-se que o aumento do Produto Interno Bruto (PIB) da China será de 8,8% neste ano e diminuirá para 8% em 2005.

O relatório fez previsões sobre a tendência de desenvolvimento econômico dos países asiáticos, indicando que a China deve persistir na sua política de austeridade macro-econômica, a fim de evitar contratempos econômicos e que o governo chinês deve aumentar os investimentos e impulsionar o desenvolvimento dos setores mais fracos de sua economia como a agricultura, pequenas e médias empresas, saúde e educação.

Segundo o relatório, após a rápida expansão econômica registrada neste primeiro semestre, os investimentos observaram uma redução em suas taxas de crescimento, refletindo o bom papel exercido pelas medidas de controle macroeconômico. Porém, o volume de projetos em construção significa que a taxa de crescimento de investimentos neste ano ainda será muito alta, chegando a 25% do PIB. Mas olhando em longo prazo, a sustentação do aumento econômico com base nas altas taxas de investimentos é impraticável.

O ADB considera que com o apoio do aumento da renda dos habitantes, o consumo da China crescerá 13% em 2005. Por isso, a China ainda á o destino principal dos investimentos diretos estrangeiros. O banco prevê que o aumento das importações da China será maior que as importações neste ano.

A elevação dos preços do petróleo do mundo também trará mudanças no desenvolvimento econômico da China em 2004 e 2005. Segundo o relatório, caso o preço de petróleo de US$40 por barril no segundo trimestre de 2004 se mantiverem até o quarto trimestre de 2005, o aumento do PIB da China em 2005 diminuirá 0,8% do previsto e o saldo do comércio ao exterior no PIB diminuirá 0,1%.

O relatório ainda considera que com o aumento constante da economia e o crescimento rápido da indústria automobilística, a procura da China ao petróleo também continuará aumentando, porém, ao mesmo tempo, a produção de petróleo no interior decairá devido ao crescente esgotamento de suas reservas Por isso, a China deverá concentrar esforços para elevar a eficácia do uso da energia.