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(GMT+08:00) 2004-10-12 17:20:38    
Povoados de pintores(1)

cri
Durante a década de 90, impulsionado pelo cenário de rápido crescimento econômico observou-se o desenvolvimento artístico e a aparição de povoados de pintores no subúrbio da China.

Neste período percebe-se a manifestação de muitos pintores talentosos, com obras caracterizadas pela influência ocidental. Reunidos na periferia da cidade compraram e construíram grandes casas-oficinas valorizando a tranquilidade necessária para suas criações e estilo de vida. Gradualmente, surgiu um ambiente de mútuo entendimento e respeito à arte, dando origem a comunidade de pintores.

                                                                                            --Redação

Imagine um vilarejo de 14 casas com pisos vermelhos, um pátio com características campesinas, pendurado na parede ferramentas agrícolas, e réstia de alhos secos, ao lado um grande cesto com damascos desidratados. Ao entrar no interior avista-se uma Kang ( cama de ladrilhos construída sobre um forno que serve como calefator, no estilo das áreas rurais do norte da China), as paredes pintadas com cal e outros sinais da vida agrícola.

A presença de várias obras, como fotos em branco e preto, pinturas a óleo, caligrafias e um tronco pintado com caracteres chineses, denunciam que ali habita um criador.

Prefiro a vida simples

O aparecimento dessa comunidade de pintores surgiu seguindo uma tendência da moda, a exceção é Lu Xiao'er, pintor de 31 anos, figura que se destaca por tamanha simplicidade. Simplicidade que está presente em sua casa, suas roupas, seu estilo.

Quando interrogado sobre seu estilo de vida, responde:" Isso é o que quero". E deve ser assim porque se sente satisfeito quando escuta o barulho da água vinda da fonte, ou nos momentos que contempla a paisagem montanhosa que se serpenteiam entre a Grande Muralha... " Não há nada com que se possa comparar", diz o pintor e admirador da natureza.

Lü inaugurou um pequeno museu folclórico no mesmo lugar onde hoje está localizada a comunidade de pintores. Exibiu ferramentas de trabalho, instrumentos antigos de pedra, e alguns objetos de cerâmica e pinturas de sua coleção particular.

A falta de público o obrigou a fechar o museu, mas não o fez abandonar seu dilema e tampouco o afastar da vida do lugar.

Por casualidade, encontrou um livro que apresentava a experiência de uma comunidade de pintores parisienses, surgiu então a inspiração de fundar uma comunidade semelhante sem abrir mão de suas convicções e estilo de vida.

Dessa forma aparece a comunidade de pintores de Huairou. Como forma de atrair os artistas e aumentar o público para o local, Lü pendurou uma placa na estrada que liga Beijing a Huairou. Pouco a pouco foi ganhando fama entre o meio artístico por sua originalidade, e conquistando adeptos motivados pela simplicidade e tranquilidade do lugar." Aqui, até o sol é mais bonito que na cidade", diz um visitante, exagerando a beleza do local. Em resposta Lü comenta: "Pintores renomados como Zhang Daqian criam suas obras primas depois de percorrer as famosas montanhas e rios. Se um pintor nunca sai da cidade, dificilmente terá a inspiração para criar outra imagem que a de um pequeno burguês urbano".

Para sentir a vida original, pondera o artista, é preciso retomar o contato com a natureza.

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