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(GMT+08:00) 2004-10-08 17:22:00    
Conheça a família camponesa tibetana de Baimachasi

cri

No programa "Minorias Nacionais", teremos uma série de reportagens sob o título "A Vida dos Tibetanos", a fim de apresentar a você o Tibet e sua população. Nestas reportagens, nossos repórteres tibetanos no Tibet relatam por intermédio de seus microfones o cotidiano dos habitantes e dos acontecimentos locais que tanto dominam. Hoje o repórter Wangdui vai nos contar como a camponesa Baimachasi investiu nos serviços de transporte para melhorar sua qualidade de vida.

Situado no sudoeste da China, o Tibet conta com 2,6 milhões de habitantes, com a presença majoritária de 95% dos tibetanos. No passado, a maior parte da população dedicava-se à agricultura e pecuária. Nos últimos anos, com o desenvolvimento econômico regional, os tibetanos levam uma vida muito melhor. Além da agricultura e pecuária, os camponeses e pastores tibetanos dedicam-se também ao comércio. Baimachasi é proprietária de uma pequena empresa de transporte.

Quando nosso repórter entrou em sua casa, nos arredores de Lhasa, Capital do Tibet, um cachorro não parava de ladrar em sinal de boas-vindas. Baimachasi o esperava na porta para recebê-lo.

A casa tem um pátio muito grande, ladeado por uma garagem para três ou quatro automóveis e um pequeno curral com capacidade para dez bois. Na sala, os crisântemos cor de rosa claros e outras flores de diferentes cores desabrocham, exalando um agradável aroma. De fato, foi uma grande surpresa encontrar flores tão bonitas, apesar da temperatura de vinte graus negativos fora da casa.

Baimachasi nos ofereceu um chá bem quente, bem como um acompanhamento de queijo e outros tradicionais aperitivos tibetanos. A casa está bem equipada com um televisor colorido de 29", telefone, geladeira e outros eletrodomésticos. Um nicho de Buda encontra-se no lugar mais visível da sala com incensos, concedendo um ambiente sagrado à moderna sala.

Baimachasi, vestida de forma conveniente, exala confiança. Mesmo com a pele um pouco queimada por causa do sol do planalto, ela, 41 anos, aparenta ser muito mais jovem. Sua família, que antes trabalhava na lavoura, dedica-se hoje em dia ao comércio e leva uma vida cada dia melhor. Ela diz:

"Quando o Tibet começou a desenvolver o turismo há mais de dez anos, eu pedi um empréstimo aos amigos e comprei um microônibus para transportar os turistas. O negócio foi bem-sucedido. A minha família de sete membros morava numa casa de 40 metros quadrados. Construímos esta casa nova de 250 metros quadrados com mais de dez cômodos. As condições de moradia e de vida conheceram enormes mudanças".

Baimachasi possui uma frota de três automóveis no valor de 400 mil yuans e contratou vários motoristas. Ela ganha anualmente 120 mil yuans. Ela é a primeira empresária da aldeia e seu sucesso serve de estímulo para os vizinhos e amigos. Ela ajuda também outros camponeses. O vizinho Pailang recorda:

"Baimachasi encorajou-me a comprar um automóvel para transportamos os turistas, mas não tínhamos dinheiro suficiente. Adquirimos, então, em sociedade, dois automóveis. Desde então, nossa vida vem melhorando muito. Mais tarde, comprei outro. Estou muito satisfeito".

Todos os habitantes da aldeia conhecem a simpática Baimachasi. Ela atende bem aos idosos da aldeia. Quando algum deles se encontra em dificuldades financeiras, ela o ajuda sem demora. Leva os idosos para conhecerem outras cidades como turistas, tornando sua velhice mais variada. Hoje em dia, Baimachasi organiza os camponeses no cultivo de legumes em estufas, diversificando a produção para aumentar as receitas.

Baimachasi está muito ocupado dia todo. Ela não tem um alto nível cultural. Porém, os dois filhos são excelentes. O maior estuda na Faculdade de Engenharia Ferroviária de uma Universidade, enquanto o menor acaba de ingressar numa ótima escola secundária.

Durante minha entrevista, seu marido Wangdui que foi visitar o filho mais velho, ligou para ela.

Baimachasi: Wangdui, já encontrou o filho? O que o professor acha do rapaz?

Wangdui: O professor disse que ele estuda bem e está classificado como um dos melhores da turma.

Baimachasi: São boas as condições de vida na universidade?

Wangdui: Boas em todos os aspectos. A universidade tem mais de cinco mil estudantes. E tive um encontro com o monitor da turma. Ele atende bem aos alunos. Oito estudantes que moram no mesmo dormitório ajudam-se um a outro e todos são aplicados.

Vendo a satisfação com que ela demonstrou na conversa telefônica com o marido, eu observei as transformações da família. Realmente, há profundas transformações no cotidiano e na concepção dos camponeses e pastores tibetanos. Eles não querem dedicar-se exclusivamente à lavoura e ao pastoreio, mas também pretendem tornar-se empresários e comerciantes. E desejam viajar de carro para Lhasa, Capital do Tibet, seguindo o exemplo dos residentes urbanos. Além disso, eles também querem conhecer o exterior.

Baimachasi já combinou com suas amigas para visitar seus filhos e conhecer a Província de Shandong, no Leste do País.

Com esta reportagem, vocês conhecem melhor a nova vida dos camponeses e pastores tibetanos? Se alguém de vocês tiver tempo para visitar a aldeia de Baimachasi, todos os habitantes lhe oferecerão chá tibetano bem quente e oferecerão aguardente de cevada.