Segundo o s registros, a medicina tibetana já tem mais de mil anos de história com inestimáveis e preciosos documentos. A língua tibetana surgiu, segundo dizer, no século VII, e os primeiros compêndios da medicina tibetana também apareceram naquele período. O mais famoso é os Quatro Tantras. Foi compilado pelo médico tibetano Yguthog Yontan Gonpo na segunda metade do século VIII e retificado e ampliado pelos médidos dos períodos posteriores. Este livro medicinal equivale a Huangdi Neijing, um clássico da medicina tradicional chinesa. Nos Quatro Tantras descrevem-se claramente as teorias e práticas clínicas de anatomia física, patologia, tratamento, prevenção, aplicaçao clínica e farmacologia. É a base da medicina tibetana e qualquer um que queira aprendê-la tem de estudar este clássico. O livro Quatro Tantras também tem grande influência no estrangeiro e foi traduzido, parcial ou totalmente, para russo, inglês, francês e outras línguas. Em nosso país, há traduções em mongol e em língua Han.
A valiosa obra clássica farmacológica é Jing Zhu Ben Cao (A Pérola Brilhante) do século XV, onde são registradas mais de 1000 variedades de substâcnias medicinais animais, vegetais e minerais, na sua grande maioria são naturais do planalto.
O governo chinês dedica muita atenção à medicina tibetana. Não só sistematizou as obras clássicas mas também publicou novas obras como a Nova Medicina Tibetana, A Coleção Polivalente dos Quatro Tantras, Tratamento das Doençs Oftalmológicas da Medicina Tibetana, assim como outras obras sobre os tratamentos das doenças correntes.
Antes de 1949, existia na cidade de Lhasa apenas uma escola para formar médicos que só tratavam da elite tibetana. Mesmo no seu período mais próspero tinha apenas sete estudantes e a medicina tibetana estava se extinguindo.
Após 1949, ano em que se proclamou a República Popuolar da China, o governo transformou a escola em Hospital da Medicina Tibetana de Lhasa com instalações modernas. Os médicos tibetanos, combinando a sua técnica tradicional com a da medicina ocidental, tratam e previnem contra as doenças, dando um grande desenvolvimento para a medicina tibetana. O hospital tem agora 12 departamentos clínicos, dois institutos de pesquisa, um da medicina tibetana e outro da astronomia, assim como uma indústria farmacéutica, e atende anualmente a mais de 2 milhões de consultas médicas. Os medicamentos produzidos n\ao só satisfazem as necessidades da Região, mas também são exportados para todo o país até aos países estrangeiros como o Nepal, Siquim e Índia.
Para preparar médicos altamente qualificados, foi criada em 1983 a Escola Profissional da Medicina Tibetana em Lhasa e criou-se em 1985 a Faculdade da Medicina Tibetana na Universidade do Tibet. Em 1993, fundou-se ainda a Academia da Medicina Tibetana.
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