Ao completar 504 anos de história, o Brasil atinge a maturidade entre as nações em desenvolvimento com uma política facada na justiça social, no crescimento dos setores produtivo e na defesa da soberania e dos interesses nacionais. Orquestrada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva ? um ex-metalúrgico e ex-sindicalista, fundador do partido dos Trabalhadores, eleito para a Presidência da República em outubro de 2002 -, essa política tem como prioridade melhorar as condições de vida de uma população de 169.799.170 pessoas (Censo de 2000), predominantemente urbana (81,25%), afetada pelo desemprego e pela mádistribuição de renda: 26,1% ganham de um a dois salários mínimos e apenas 1,4% da população recebe acima de 20 salários.
Paralelamente, o governo brasileiro busca estreitar laços de amizade e de cooperação com organizações e países dos quatro cantos do mundo defendendo relações comerciais mais justas. Espera, desta forma, melhorar a posição da nação no cenário econômico global. De fato, a combinação de quatro fatores ? o baixo índice de crescimento (0,2% ao ano), a desvalorização da moeda (real), o reacionamento de energia e uma gravíssima crise econômica na vizinha Argentina ? fez com que o Brasil caísse no ranking das economias mundiais no 8º lugar para o 15º nos últimos cinco anos.
Em 2003, o Produto Interno Bruto (PIB) atingiu R$ 1,5 trilhão (US$ 493 bilhões). Os dados consolidados do PIB em 2003 ainda não foram divulgados, mas no ano passado, do total apresntado, 61% referem-se ao setor de serviços, 35% vêm da indústria e 8% da agropecuária, o que revela uma grande transformação na vocação econômica do País desde as décadas de 70 e 80, quando o rápido crescimento industrial superou a atividade agrícola, predominante nos quatro primeiros séculos e meio da história brasileira. Hoje, a indústria nacional ? concentrada nos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Rio Grande do Sul ? produz e exporta minério de ferro, aço, equipamentos de transporte, maquinaria, sapatos e tecidos, entre outros produtos. Mas isso não significa que a agropecuária tenha perdido estatura. Ao contrário, a extensão territorial, as caraterísticas geográficas, uma rede hidrográfica de 55 mil quilômetros quadrados, a qualidade das terras e o clima favorecem a expansão das fronteiras agrícolas que, recentemente, se estenderam pelo Centro ? Oeste, incluindo Mato Grosso e Mato Grosso do Sul na lista de estados com significativa produção agrícola, junto com São Paulo, Minas Gerais, Espírito Santo e Paraná. Atualmente, o Brasil possui cerca de 4,8 milhões de estabelecimentos agrícolas ? que espregavam, em 2001, 15 milhões de pessoas economicamente ativas - , quase 214 milhões de hectares de pastos para 169,8 milhões de cabeças de gado e uma área plantada de mais de 353 milhões de hectares. É um dos maiores produtores e exportadores mundiais de café, soja, laranja e cana-de-açúcar. Entre seus parceiros comerciais mais importantes estão os Estados Unidos, a Alemanha, o Japão, a Itália, a Holanda e a Argentina. Em 2003, o Brasil exportou US$ 73 bilhões, importou US$ 48 bilhões; o saldo de sua balança comercial foi da ordem de US$ 24,8 bilhões, representando um aumento de 89,6% em relação a 2002.
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