A subida contínua de preços do petróleo no mercado internacional em 2004 fez com que a economia asiática, tipicamente dependente de suas importações, enfrente severos desafios. Para os economistas, se o preço do petróleo continuar no elevado patamar, o crescimento econômico asiático diminuirá visivelmente e a inflação será pressionada. Os países e regiões asiáticos devem enfrentar os desafios através da elevação da eficácia do aproveitamento enérgico e da diversificação de suas fontes.
Apesar de uma certa queda do preço de óleo bruto no mercado internacional a partir do dia 20 de agosto, os preços no dia 3 de setembro em Nova Iorque e Londres atingiram US$ 43,99 e US$ 41,23 respectivamente, muito superiores ao do dia anterior. Vários analistas consideraram que devidos a diversos fatores, a alta se manterá durante um certo tempo.
Para analistas, os impactos causados pela alta de preços à economia asiática são mais graves do que a economia americana, japonesa e aos países europeus. O órgão internacional de energia publicou o relatório "Análise sobre as influências causadas pelo alto preço de óleo à economia global" em maio deste ano. Segundo o relatório, se o preço de óleo por barril manter a alta de US$ 10 por barril, a taxa de crescimento econômico americano, japonês e dos paises europeus cairão 0,3%, 0,4% e 0,5%, respectivamente, enquanto a da Ásia cairá 0,8%.
O ministério da energia americano previu que entre 2001 e 2005, o volume de exigência de óleo bruto em todo o globo aumentará 1,9% anualmente, enquanto o da comunidade econômica asiática crescerá 3,2% anualmente. O crescimento econômico contínuo e rápido e a elevação do nível de vida de seus habitantes são os principais motivos da grande demanda na Ásia. Os países industrializados transferiram continuamente a produção industrial para a região asiática, aumentando o consumo de petróleo na Ásia. Enquanto isso, a baixa eficácia do aproveitamento enérgico na região também é outro importante motivo.
Até agora, o impacto inflacionário pela alta de preços é visível. Segundo os últimos dados estatísticos de alguns países, em agosto, a taxa de inflação da Coréia do Sul atingiu 4,8%, batendo o recorde nos últimos três anos, enquanto a taxa de inflação da Índia registrou 8,17%.
Os países asiáticos adotaram sucessivas medidas para diminuir as influências negativas causadas pelo alto preço de óleo. O governo indiano baixou recentemente os impostos para a importação de produtos petrolíferos e outros impostos. Ao mesmo tempo, o governo tailandês investiu cerca de US$ 480 milhões em subsídios aos preços da gasolina. Enquanto isso, a Filipinas adotou medidas para economizar energia, através dos limites sobre o uso de carro particular.
Os países e regiões asiáticos devem adotar as medidas, tais como elevar a eficácia do uso enérgico, desenvolver as novas energias - inclusive a energia sustentável - a fim de reduzir a dependência econômica do petróleo e tratar eficazmente as agitações de preço de óleo.
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