"A cerimônia é muito importante para as crianças Pumi, pois simboliza sua passagem para a fase adulta. Durante a cerimônia, todos os familiares ficam em torno de uma fogueira. As crianças pisoteiam sacos cheios de cereais, sua maior riqueza. Os homens pegam seus punhais e moedas, enquanto as mulheres tomam seus brincos, pulseiras, gazas e estopas, simbolizando que terão uma vida feliz e abastada".

Mas, com as transformações econômicas e sociais, algumas tradições estão se perdendo. No entanto, a crença religiosa ainda é o ponto alto do cotidiano dos pumis. E a religião Dingba.

Segundo o mito, Dingba era uma linda deusa, sempre trajada de branca, montada sempre numa mula branca. Dingba consumia apenas água de fontes, leite de vaca ou cabra, mas não consumia nenhum tipo de cereal. Os Pumis a cultuam como uma deusa onipotente lhe pedem que proteja o seu povo de doenças ou calamidades. A pesquisadora da Universidade Central de Nacionalidades da China, Yang Zhuhui explicou:

"A religião Dingba crê que todos os seres vivos possuem uma alma, concedida pela deusa Dingba. Baseado nesta filosofia, os Pumis acreditam que as montanhas, rios, ervas e seres humanos possuem uma alma e que todas as dificuldades encontradas se devem à elas. Por isso, para evitar o pior, os pumis celebram cerimônias ritualísticas de modo a pedir a compreensão e proteção das mesmas".

Os Pumis são marcados pela alegria, sinceridade e bondade. A Hospitalidade é outro de seus dons naturais. Quando são visitados por parentes ou mesmo por estranhos, os anfitriões servem imediatamente chá com nata, macarrão frito e frutas. Na despedida, oferecem um presente dividido em quadro partes: uma perna de frango, carne salgada, uma caixa de folhas de chá e uma garrafa de vinho doce.