Segundo recentes dados, este ano, a China vai ultrapassar a meta prevista para a produção cerealífera.
Numa palestra nacional recém-realizada em Hohahot, um funcionário governamental chinês afirmou que este ano, a produção cerealífera de todo o país ultrapassará a meta prevista.
O especialista do Centro de Pesquisa do Desenvolvimento do Conselho de Estado, Cheng Guoqiang revelou que caso não houver graves calamidades naturais antes da colheita de outono, a produção cerealífera de todo o país neste ano poderá aumentar em 6%, quer dizer, em 250 milhões de toneladas, em comparação com o mesmo período do ano passado,.
No início deste ano, o governo chinês definiu a produção cerealífera de 2004 como 455 milhões de toneladas. O especialista da Comissão Estatal de Desenvolvimento e Reforma, Lan Haitao disse que este ano é um ano de virada para a produção cerealífera do país, o que significa que a capacidade de produção cerealífera vai aumentar.
Segundo analistas, o aumento da produção cerealífera resultou das medidas adotadas pelo Estado, tais como a proteção de terras cultivadas, subsídio direito aos camponeses cerealistas e redução ou cancelamento de impostos agrícolas. Este ano, o governo central destinou vultosas verbas no valor de 20 bilhões e 500 milhões de yuans para apoiar a reforma de impostos rurais, enquanto o subsídio direto aos camponeses ultrapassou a casa de 10 bilhões de yuans.
"O aumento da produção cerealífera é tão alto que raramente visto na história. Isto vai eliminar, em certo grau, a preocupação do mercado internacional", disse Cheng Guoqiang.
No ano passado, a produção cerealífera do país foi de 431 milhões de toneladas, com redução de 5,8% em comparação com 2002. Trata-se da produção mínima nos últimos 14 anos. Enquanto isso, a China passou a ser um país importador de grãos, por exemplo no ano passado, com a importação de 730 mil toneladas.
Certos especialistas ocidentais consideram que caso tal tendência continuar, o mercado cerealífero mundial será gravemente afetado e a segurança cerealífera sofrerá a ameaça, enquanto a China enfrentará nova crise cerealífera.
Na China, certos analistas governamentais afirmaram que a importação de grãos resultou principalmente da redução da produção e estoque cerealíferos por anos consecutivos, por outro lado, realmente, a China está levando em consideração importar certa quantidade de cereais, mas fará todo o possível para limitar tal importação, conforme menos de 5% do consumo interior.
Em fins da década de 90 do século passado, a China obteve boas colheitas cerealíferas por 5 anos consecutivos. E em 1998, a produção chegou a 510 milhões de toneladas. Entre 1997 e 2003, em todo o país, a superfície cultivada de cereais foi reduzida em mais de 13 milhões de hectares, devido ao baixo preço de cereais e mau rendimento dos camponeses cerealistas.
Agora, o governo chinês começou a estabelecer um mecanismo perpétuo de proteger e fortalecer a capacidade da produção cerealífera.
O sub-diretor do Escritório de Pesquisa Política do Comitê Central do Partido Comunista da China, Zheng Xinli afirmou que a produção deve apoiar-se no mecanismo de mercado sob o macro-controle, em vez do apoio financeiro. Isto já foi concluído na agenda do governo central.
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