Em maio deste ano, cerca de 420 empresários brasileiros acompanhavam o presidente brasileiro em sua visita à China, cifra que estabeleceu um recorde na história das relações diplomáticas do Brasil.
Lula indicou na China: "espero que os empresários chineses e brasileiros possam estabelecer relações de cooperação estáveis e a longo prazo. As perspectivas das relações comerciais entre o Brasil e a China são brilhantes".
Segundo as estatísticas dadas a conhecer pelo Ministério de Comércio, o Brasil tem 312 projetos na China, com um investimento contratado de US$292 milhões.
Os empresários chineses e brasileiros cooperarão em diversos setores depois da exposição "Brasil-China: Um salto necessário" em Beijing, disse dia 31 de agosto, Wladimir Pomar, presidente da Associação de Intercâmbio Internacional do Brasil.
Além disso, ele ainda indicou que o Brasil não só é um país com grande exportação de produtos agrícolas, como também possui uma indústria de alto nível, e tem a capacidade de oferecer mais mercadorias aos 1,3 bilhão de chineses. "Ao mesmo tempo, o Brasil, um grande país com um produto interno bruto anual de US$500 bilhões e uma população de 180 milhões de habitantes, também é um enorme mercado para os produtos chineses", destacou Pomar.
Pomar recordou que em 2002 se celebrou uma exposição de comércio brasileiro-chinesa, que inaugurou as atividades comerciais a grande escala entre ambas as nações. Em comparação com a de 2002, a atual é de maior tamanho e de nível mais alto e conta com um conteúdo mais diversificado.
Com a exposição de 2002, os produtos agrícolas como o café, leite e suco de frutas entraram no mercado chinês, e na atual exposição, reúnem-se cerca de 100 empresas brasileiras, incluídas a Empresa Petroleira do Brasil, a Empresa Brasileira de Aeronáutica do Brasil e a Empresa de Eletricidade do Brasil.
Algumas das empresas presentes na exposição atualmente realizam projetos de cooperação com companhias chinesas. Por exemplo, tem se entregue à South China Airline a primeira série de aviões regionais fabricados por uma empresa mista sino-brasileira na cidade nordeste chinesa de Harbin.
Por sua parte, as empresas chinesas têm investido em setores como o aço, a eletricidade e as instalações básicas no Brasil.
Segundo as estatísticas do Ministério de Comércio da China, o volume comercial sino-brasileiro cheghou aos US$8 bilhões em 2003, cifra que representa um incremento de 78,7% respeito ao ano anterior. O Brasil se tem transformado no maior sócio da China na América Latina, enquanto que a China é o quarto maior sócio comercial e o terceiro maior mercado de exportação do Brasil.
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