Muitas empresas brasileiras que participam na exposição "Brasil-China: Um salto necessário" em Beijing esperam estabelecer seus escritórios representativos neste país asiático para buscar um futuro desenvolvimento no mercado chinês.
A exposição se inaugurou dia 31 de agosto em Beijing com motivo da comemoração do 30º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas sino-brasileiras e conta com a participação de cerca de 100 empresas de mais de 20 setores do Brasil.
Em entrevista à Agência de Notícias Xinhua, os representantes da Companhia de Automóveis Marcopolo, a Empresa de Compressores do Brasil, a Empresa do Vale do Rio Doce e o Banco de São Paulo expressaram seus desejos de estabelecer escritórios ou criar empresas mistas com os sócios chineses para entrar no mercado do gigante asiático.
A Empresa Petroleira do Brasil (Petrobrás), a Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer), a Empresa de Aviação do Brasil (Varig) e o Banco do Brasil já contam com escritórios de representação na China.
A Embraer tem entregue à South China Airline a primeira série de aviões regionais fabricados por uma empresa mista estabelecida pela Embraer e seu sócio chinês na cidade nordeste chinesa de Harbin. A empresa mista já tem uma capacidade de produção anual de 24 aparelhos.
A Petrobrás é a maior empresa estatal do Brasil e uma das 20 maiores empresas petroleiras do mundo com uma produção diária de dois milhões de barris em 2003. Durante sua visita oficial à China, o presidente do Brasil, Lula da Silva, assistiu à ceremônia de inauguração do escritório de representação da Petrobrás em Beijing.
Marcelo da Silva, representante em chefe da Petrobrás na China, revelou que sua companhia tem previsto estabelecer uma empresa mista com a Companhia Petroquímica da China (Sinopec) para explorar petróleo no mar meridional da China e no mar de Rio de Janeiro.
Por sua parte, a Varig planeja abrir um vôo direto entre a China e o Brasil para ajudar a promover ainda mais as relações econômicas e comerciais e desenvolver o turismo entre ambos os países.
Em maio deste ano, cerca de 420 empresários brasileiros acompanhavam o presidente brasileiro em sua visita à China, cifra que estabeleceu um recorde na história das relações diplomáticas do Brasil.
Lula indicou na China: "espero que os empresários chineses e brasileiros possam estabelecer relações de cooperação estáveis e a longo prazo. As perspectivas das relações comerciais entre o Brasil e a China são brilhantes".
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