Zhang Huazhu, diretor da Agência Estatal de Energía Nuclear, expressou dia 1 em Beijing que a China tomará a eletricidade produzida por suas centrais nucleares como um de seus principais recursos energéticos e que a porcentagem correspondente à energia eléctrica nuclear dentro do total da produção nacional irá subindo pouco a pouco. Com o tempo, a energia nuclear será um dos recursos energéticos mais importantes incluindo nas zonas costeiras econômicamente desenvolvidas que consumem grandes quantidades de electricidade.

A China começou a produzir energia eléctrica nuclear na década de 80. Em 1991, pôs-se em funcionamento a central nuclear de Qinshan, a primeira deste tipo desenhada e construída totalmente pela China sem participação estrangeira. Em julho passado, na China havia em serviço nove grupos de geradores nucleares com uma capacidade total de 7 milhões de quilovates. No ano passado, a eletricidade produzida pelas centrais nucleares representou quase 2,3% da produção nacional.

Em uma coletiva à imprensa realizada pelo Escritório de Imprensa do Conselho de Estado, Zhang Huazhu anunciou que, em vista da escassez de energia e levando em conta a proteção do meio ambiente, o governo chinês decidiu acelerar o desenvolvimento das centrais nucleares. Ele disse: "a energia elétrica nuclear será um importante elemento da estrutura energética nacional e sua percentagem dentro do volume global de produção de energia vai incrementar-se gradualmente. A eletricidade produzida pelas centrais nucleares se transformará numa importante fonte para o abastecimento de eletricidade inclusive nas zonas econômicamente desenvolvidas com altos índices de consumo."

O diretor da Agência Estatal de Energia Nuclear revelou que o plano concreto para o desenvolvimento da energia elétrica nuclear se encontra ainda em sua fase de estudo e discussão. Segundo os estudos preliminares, calcula-se que em 2020 a capacidade total dos geradores nucleares será cinco vezes superior à atual, isto é, chegará aos 36 milhões de quilovates. Para alcançar este objetivo, nos próximos quinze anos a China instalará 27 grupos de geradores de um milhão de quilovates cada um.

Por outra parte, Zhang Huazhu informou que o governo chinê tem aprovado os projetos de ampliação das centrais nucleares de Sanmen, província de Zhejiang, e Ling´ao, província do Guangdong, e que há outros dois projetos a ser aprovados.

Zhang Huazhu assinalou ainda que na atualidade, a China conta com uma boa base e a capacidade suficiente para investigar e impulsionar o desenvolvimento deste setor, assim como para fabricar instalações, construir centrais e manejar a tecnologia nuclear. Pelo tanto, na aplicação dos quatro projetos, a China desempenhará o principal papel, enquanto que a cooperação sino-estrangeira cumplirá uma função auxiliar. Zhang Huazhu acrescentou: "Na realidade, a segunda fase de construção da central nuclear de Ling´ao, já aprovada, e a outra obra de ampliação, em processo de aprovação, são projetos de transformação e reconstrução de centrais nucleares que funcionam perfeitamente. A maior parte destes dois projetos os aplicará a China; mas, para a realização de certos trabalhos de desenho e fabricação das instalações buscaremos a cooperação de outros países."

Ao mesmo tempo que desenvolve a energia elétrica nuclear com grande iniciativa, nosso país presta suma atenção às questões relacionadas com a seguridade. Mediante a elaboração de leis e regulamentos e a criação de instituições administrativas especializadas na delimitação de atribuições e responsabilidades, a China tem estabelecido os padrões e um sistema de controle e seguridade comparáveis aos mais avançados do mundo, além de um sistema de controle para situações de emergência. Graças à eficácia demonstrada por estes sistemas ao longo de mais de dez anos, o funcionamento seguro dos aparelhos geradores de eletricidade está plenamente garantido.