A zona do Corredor do Hexi foi explorada desde a dinastia Han (206 a. C ? 220 d. C). A produção agrícola desenvolveu-se rapidamente, devido à introdução das técnicas de cultivo mais avançadas do interior do país. Os azulejos pintados também mostram a vida econômica e social deste período. Podemos ver uma imagem de uma paisagem vigorosa, durante o processo de produção agrícola e os instrumentos que os camponeses usavam. Os azulejos registaram também o desenvolvimento das indústrias primárias, tais como, as pequenas destilarias e oficinas rudimentares.
Nesta zona também existiam bons recursos hidráulicos, como as águas das neves da montanha de Qilian e fontes naturais. O local era assim adequado para o pastoreio. Por isso, o desenvolvimento da pecuária é uma característica especial da economia desta zona. Nos azulejos, figuras de pastores são também frequentes. Então os camponeses possuíam grande variedade de animais, tais como cavalos, bois, ovelhas, camelos, porcos, galinahs, cães e outros.
O Corredor do Hexi era também parte da Rota da Seda. As sedas exportadas para os países ocidentais, eram, em grande parte, produzidas nesta zona. Os azulejos demonstra m que a produção da amoreira e a cultura do bicho da seda era muito avançada na China. Podemos dizer que na época das dinastias Han e Wei a zona era das mais movimentadas da indústria de tecelagem.
O desenvolvimento da produção e dos laços econômicos e políticos estimulou o desenvolvimento da cultura desta zona. Muitos azulejos pintados mostram também cenas da vida cultural. "Música e canto" é uma pintura plena de movimentos: uma mulher toca pipa e outra mulher canta e baila entre flores e árvores luxuriantes. Trata-se, de facto, de um retrato da vida popular. Nestes azulejos pintados apareceram muitos instrumentos musicais desconhecidos até à data de descoberta das tumbas e que mais tarde, vieram a ser encontrados nos túmulos das dinastias Wei e Jin. Este facto é muito importante para o estudo da história da música e desenvolvimento dos instrumentos musicais antigos. Por exemplo, o wokonghou é um instrumento musical antigo, a que hoje se chama harpa, por influência do ocidente, e, por se julgar trata-se dum instrumento trazido para a China. Agora sabemos que a harpa não foi introduzida do exterior e já existia na dinastia Han, sendo um dos instrumentos antigos preciosos da China.
A zona do Passo Jiayu era um lugar de combates frequentes onde, por isso, foram construídas muralhas defensivas e quartéis militares ao longo da montanha de Heishan. Os azulejos mostram claramente esta realidade histórica. Com o objetivo de aumentar as receitas do Estado, os exércitos também cultivavam cereais nesta zona, anteriormente desértica e construíram obras hidráulicas. Numerosas terras foram de novo cultivadas e a superfície irrigada aumentou com a abertura de novos canais e reservatórios.
Os azulejos pintados guardaram também imagens da vida quotidiana do passado, a matança dos porcos, ovelhas, patos e galinhas e sua preparação.
As pinturas murais e azulejos pintados reflectem finalmente as características especiais da pintura da dinastia Han; as imagens são vivas, e as cores mais brilhantes. Têm pois também um valor da máxima importante para a investigação da história da arte chinesa.
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