O dia 15 de agosto de 2004 celebrou-se o 30º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas entre a China e o Brasil. Num discurso proferido por Alfonso Celso de Ouro-Preto, embaixador do Brasil na China, ele deu alto apreço à parceria estratégica entre os dois países e enfatizou que os dois países deveriam aproveirtar bem para um intermâmbio comercial mais alargado.
Para registrar este momento especial dos dois países e mostrar o perfil das cooperações econôcimo-comerciais bilaterais, a Radio Internacional da China teve honra de fazer uma entrevista com Marcelo Castilho da Silva, representante-chefe da companhia filial na China da Petrobrás, maior empresa estatal brasileira que se insere na área petrolífera.
A China e o Brasil têm mantido intercâmbio comercial extra-oficial desde a fundação da República Popular da China. Porém, devido a longa distância e falta de conhecimento entre os dois países, o volume comercial na década de 50 não ultrapassou US$8 milhões.
Em 1985, o valor do comércio bilateral atingiu US$1,41 bilhão, sendo cerca de 83 zezes maior que o registrado em 1974, quando os dois países estabeleceram relações diplomáticas.
Desde 1986, com decréscimo de exportação de petróleo da China ao Brasil e carência de oferta de produtos exportáveis do Brasil à China, o comércio bilateral passou a registrar quedas.
O ano 1993, com a abertura do mercado brasileiro e a elevação da exportação de óleo de soja para a China, foi um ponto de inflexão na curva descendente, pois o comércio bilateral atingiu US$ 1, 08 bilhão.
Em 2000, a China ocupou o 12º lugar na lista dos principais paéses de destino dos produtos brasileiros e o 11º lugar na lista dos países de origem das importaçõse para o Brasil. Também neste ano, a Petrobrás começou exportando petróleo para a China.
Em maio deste ano, a Petrobrás firmou um convênio com a Sinopec, pelo que ambas as partes cooperarão na exporação, produção, venda e refinação de petróleo.
Nos últimos tempos o comércio exterior chinês tem crescido substancialmente. Com a acessão da China à OMC e consequente maior participação da China no comércio mundial, a economia chinesa tende a crescer ainda mais.
A meta oficial do governo chinês para as próximas duas décadas (2001 até 2020) é quadruplicar seu Produto Interno Bruto (PIB), como fez, de acordo com dados oficiais, durante os últimos 20 anos. Quadruplicar o PIB nos próximos 20 anos supõe um crescimento médio de 7,2% ao ano, o que, para os analistas, é perfeitamente possível e realista, embora existam evidentes obstáculos pela frente.
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