Começou no dia 7 de Agosto a 1ª Exposição de Desenhos em Quadrinhos e Cómicos de Beijing. Em destaque, um maravilhoso acervo original, a presença de mestres estrangeiros em desenhos e uma concorrida apresentação de Cosplay. O evento atraiu muitos jovens.
Nos últimos anos, os comics vêm atraindo os chineses. Seu rápido crescimento já o transformou num importante segmento da cultura popular da China, especialmente entre os jovens. Ma Guilin, o vice-secretário geral da exposição disse: "Desejamos patrocinar em Beijing uma grande exposição sobre o tema, a fim de atender aos inúmeros pedidos dos fãs. Convidamos mestres internacionais de quase todos os países em destaque nesta área, fortalecendo os intercâmbios internacionais".
O acervo da Exposição traz aos leitores chineses várias obras originais, inclui festival de músicas, autógrafos e o Cosplay. Por isso, no dia de inauguração, cerca de dez mil jovens compareceram ao Museu Militar da China, a principal sede do evento.
O estande de Cosplay era o mais solicitado da exposição, onde se apresentaram mais de 30 grupos de todos os países. Apresentadores, participantes e visitantes compareceram, como era de se esperar, com seus excêntricos cortes de cabelo, trajes de seus heróis prediletos, videogames e instrumentos musicais. Ao som das trilhas sonoras dos desenhos, faziam rir e arrancavam entusiasmados aplausos dos espectadores.
A palavra "cosplay" vem das palavras inglesas, "costume" e "play", ou seja, se trajam, comportam e mostram suas coleções de videogames. O Cosplay entrou na China em meados de 1990, mas explodiu a partir de 2000, com a entrada de uma grande quantidade de fotos e vídeos do Japão, a Coréia e países ocidentais.
Há dois tipos de Cosplay: imitação e as versões originais. Na apresentação no Museu Militar, Chen, do grupo de Guangdong, que trajava roupas em vermelho e verde e luvas pretas como o Homem Aranha, chamou a atenção de todos. Depois da apresentação, ele falou sobre o Cosplay em Guangdong: "O nosso grupo criava e difundia desenhos originais, a fim de competir com colegas estrangeiros. Hoje, reproduzimos as produções estrangeiras, desde que seja boa. Hoje imitamos figuras estrangeiras e amanhã, eles vão imitar nossa".
Li Xin, de um clube de Chongqing, cidade sudoeste da China, também foi apreciada pelos visitantes. Ela usou roupa tradicional chinesa e dançou de modo moderno, combinando a moda e a tradição harmoniosamente.
Lai Youxian, famoso animador de Taiwan, considera que o cosplay tem que criar uma cultura própria. Ele disse: "Acho que é muito bom. Em Taiwan, 99% do Cosplay imita ao desenhos e personagens japonesas. Isto para nós é uma pena, porque quanto mais a imitação de figuras japonesas, mais mostra o fracasso da nossa cultura. No interior da China, eles têm estilos diferentes, alguns são ocidentais, outros originais. De ponto de vista de pluralismo da cultura, a animação e o cômico tem o seu caracter próprio".
Neste festival também compareceram muitos mestres estrangeiros. Na seção de obras internacionais, notam-se as obras japonesas. O Japão é um país muito desenvolvido em desenhos animados. Durante a Exposição, o mestre Yaguchi Takaou (conhecido por "O pequeno gênio pescador" e "Lendas Rurais") e o mestre Matsimoto Leiji trouxeram mais de 50 desenhos originais. E Mar Brooks, autor de Transformer e Skottie Young, autor de Homem Aranha, também estiveram na China durante a exposição. A presença de mestres estrangeiros não só trouxe aos animadores chineses a oportunidade de estudo, mas também aos fãs a chance de compreender o essencial da cultura internacional de animação.
Na seção de obras nacionais, o jornalista encontrou a jovem Hu Rong, detentora do prêmio especial do júri da cúpula da Ásia Oriental de animação de 1996 com "espírito de beldade". O animador Lai Youxian e o cômico Sun Jiayu que vêm de Taiwan também trouxeram obras originais. Sun Jiayu é bem conhecido por fãs interiores. Em 1999, ele levou o trabalho de Taiwan para Shanghai, fundando a sua própria companhia de cultura. Quando o jornalista perguntou porque levou o comércio para o interior, ele respondeu: "O governo central apóia o desenvolvimento de animação, que impulsionou toda a indústria dos desenhos animados. Por isso, não só os animadores de Taiwan, mas também os da Coréia e de Hong Kong querem vir para o interior da China".
Nos últimos anos, o Ministério de Cultura da China deu grande apoio à indústria dos desenhos animados. Em 1995, a Administração Estatal da Imprensa e Publicação iniciou "o plano de 5155", isso é: fundar no País cinco bases da animação, cinco revistas e publicar 15 livros nesta área. Com a aplicação do "plano 5155", não só a cultura de animação da China se desenvolveu, mas também deu um grande espaço no País aos animadores de Hong Kong, Taiwan e de países estrangeiros.
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