Devido às estipulações e às exigências sobre o registro civil dos alunos adotadas nas escolas de algumas cidades chinesas, as crianças dos trabalhadores migrantes encontravam dificuldades de se matricular nas escolas. Ding Yawen, 10 anos, é uma destas crianças. Ela veio a Beijing junto com os pais há alguns anos. Agora, as autoridades responsáveis revogaram estas estipulações e algumas cidades criaram escolas especiais para os filhos dos trabalhadores migrantes. O problema foi resolvido e Ding Yawen passou a freqüentar uma escola primária perto de sua casa. Ela disse:
Os professores aqui nos tratam como filhos. Quando estamos doentes, a professora nos lembra de tomar remédio, quando nos ferimos, ela nos leva ao médico e quando nos atrasados nos estudos, a professora nos dá aulas extras. Além das aulas, aprendemos a amar outros.
Segundo uma estatística estatal, nos próximos dez anos, 15 milhões de pessoas migrarão dos campos para o meio urbano anualmente e cerca de um milhão de crianças entrarão nas cidades junto com seus pais. A vice-presidente do Comitê Permanente da Assembléia Popular Nacional da China e presidente da Confederação Nacional das Mulheres da China, Gu Xiulian, disse que o nível educacional dos trabalhadores migrantes nas cidades e de seus filhos decide em certo grau, o nível educacional em geral dos cidadãos chineses e o desenvolvimento social. Por isso, o governo em todos os níveis deve dar maior atenção à população flutuante, à população pobre e a seus filhos e deve trabalhar mais para garantir o acesso destes ao ensino. Gu Xiulian disse:
Tal como todas as crianças, as crianças flutuantes devem gozar dos seus direitos à sobrevivência, proteção, desenvolvimento e participação. A salvaguarda dos seus direitos e interesses legítimos se reveste de grande importância para o desenvolvimento econômico, a estabilidade social e o progresso do país.
Gu Xiulian conclamou toda a sociedade a dar maiores cuidados a esta parte das crianças.
Segundo uma notícia recente do Ministério de Educação, o projeto das três isenções beneficiou nos últimos anos cerca de 17 milhões de alunos primários e secundários.
Em 2001, o tesouso central destinou 100 milhões de yuans para proporcionar os manuais aos alunos das famílias pobres do campo, a verba dobrou em 2002 e até 2003, a verba subiu para 400 milhões de yuans.
Atualmente, há mais de 24 milhões de alunos pobres do campo no centro-oeste do país e a assistência do tesouro central cobre apenas 30% destes alunos. O governo central e os governos regionais vão diversificar os meios de assistência, por exemplo, continua isentando as anuidades escolares e estabelecendo mais internatos para que todos os alunos pobres possam receber assistências em 2007. O governo estimula ainda os organismos governamentais, organizações populares, empresas e indivíduos a contribuir com doações para ajudar os alunos pobres a concluir seus estudos
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