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(GMT+08:00) 2004-08-11 13:26:04    
Universitários chineses encaram problemas pesíquicos

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Ma Jiajue, universitário do quarto ano da Faculdade de Ciências Vitais da Universidade de Yunnan, sudoeste da China, assassinou à martelada quatro de seus colegas da turma devido a freqüentes e insignificantes discussões com eles. Este desafortunado incidente surpreendeu todo o país, levando a opinião pública a prestar grande atenção aos problemas psíquicos que os universitários chineses encaram. Os estudantes universitários representam tradicionalmente aqui na China o símbolo da esperança e os "filhos do céu". Em comparação com os que não têm a oportunidade de freqüentar as universidades, estão muito melhor posicionados tanto em relação à carreira profissional quanto a futuros empregos.

Entretanto, diante dos vários casos de suicídios e dos crimes cometidos por Ma Jiajue, muitos chineses reconhecem que hoje em dia, os universitários não são tão felizes quanto aparentam, sobretudo com o rápido desenvolvimento e modernização da sociedade chinesa. Jiajue, filho do camponês Zhan Yang, estudante do primeiro ano, tornou-se mais introvertido depois que ingressou na universidade devido ao desconhecimento do ambiente e à baixa produtividade nos estudos, de maneira que seus colegas afastam-se dele cada vez mais. "Na realidade, eu detesto esta situação. O sentimento de inferioridade que sinto não me permite olhar cara a cara meus colegas da turma e afasto-me mais deles pouco a pouco. Depois do caso de Ma Jiajue percebi que tenho alguma semelhança com ele em certo sentido. Estou muito preocupado. Não quero seguir, de jeito nenhum, o exemplo de Ma Jiajue. Quero livrar-me desta desagradável situação", nos comentou Zhang, pedindo para não publicar seu nome verdadeiro.

Os casos como o de Zhang não são raros entre os universitários chineses, embora sejam diferentes na sua gravidade. Segundo dados estatísticos publicados em 2001 no informe sobre o estado psíquico dos universitários e a educação moral das escolas superiores de Beijing, os estudantes com problemas psíquicos de categorias média e superior representam 16,5% do número total de estudantes. Entre eles, o índice dos estudantes procedentes das zonas rurais é mais alto do que o dos estudantes urbanos. Segundo Shi Gang, professor da Universidade de Agronomia da China dedicado à educação psicologia universitária durante muitos anos, os problemas psíquicos se evidenciam de diferentes maneiras conforme avançam os cursos. Os estudantes do primeiro ano enfrentam geralmente problemas de adaptação, incluindo do novo ambiente e as novas relações interpessoais. Os do segundo ano encaram uma forte pressão principalmente nos estudos. Por sua vez, os do terceiro ano sofrem problemas sentimentais, já que se tornam maduros no aspecto sexual e não psicológico.Quando entram no quarto ano, começam a enfrentar as pressões para encontrar bons empregos.

"Quando éramos estudantes, não tínhamos tantos problemas. Porquê é que as gerações atuais são tão problemáticas?"perguntou Liu, pai de um estudante do terceiro ano. Seu filho passa as horas livres jogando na internet, não tem interesse por nada e nem quer falar com ninguém. Liu viu-se obrigado a acudir ao Centro de Consultas Psicológicas em Shijiazhuang, para resolver seu problema. Segundo Dong Lijun, responsável pelo centro, não é que Liu não tinha problemas quando jovem, mas é que naquele tempo, o país encontrava-se numa etapa de recuperação e desenvolvimento socioeconômico, na qual toda a nação prestava mais atenção à alimentação e às vestimentas, em vez de preocupar-se com as questões psicológicas. Na atualidade, graças ao desenvolvimento social alcançado, é normal que se enfatize na saúde psíquica. O crescimento econômico acelera o ritmo de vida e aumenta a pressão profissional, exercendo forte influência sobre o cotidiano dos universitários.

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