O status quo educacional de um país reflete muitas vezes o seu nível de desenvolvimento e decide o seu futuro. Num país como a China, marcada pela alta taxa demográfica (1,3 bilhão de habitantes), o acesso de todas as pessoas ao ensino e a elevação da qualidade cultural da população são sempre o alvo dos esforços do governo.
Cinqüenta e cinco anos atrás, a República Popular da China iniciou a construção da infra-estrutura do país. Na época, 80% dos 450 milhões de habitantes eram analfabetos. Na atualidade, a China tem 1,3 bilhão de habitantes e a percentagem dos analfabetos caiu para 6%. No entanto, este número significa que a China tem ainda mais de 70 milhões de analfabetos, o que implica que o setor educacional deste país enfrenta uma tarefa árdua.
A China é um país de vastos territórios e o desenvolvimento econômico mostra desequilíbrio em diferentes regiões, o que acontece também no setor educacional. A grande parte dos 70 milhões de analfabetos vivem no Oeste, onde o índice de escolaridade e o índice de admissão escolar dos alunos são obviamente inferiores aos índices nas regiões do leste e do centro do país. Além disso, o nível do desenvolvimento educacional nos meios rurais é mais baixo que nas cidades.
Até o ano passado, o ensino obrigatório de nove anos cobria 91% do território chinês e 9% das regiões que ainda não adotaram o ensino obrigatório se concentram no Oeste. Estas regiões, com péssimas condições naturais, difícil acesso e com precárias comunicações, enfrentam muitas dificuldades no desenvolvimento econômico. A maioria das famílias ainda não equacionou os problemas de alimentação e não tem suficientes recursos para manter as crianças nas escolas. Em algumas localidades, sequer temos a presença de escolas regulares.
Diante desta situação, o governo chinês vem aumentando nos últimos seus investimentos para a educação. O ministro de Educação, Zhou Ji, disse:
"Os investimentos para a educação aumentaram rapidamente nos últimos anos, ocupando agora 3,41% do PIB".
Desde o ano passado, a China reforçou o apoio financeiro ao ensino obrigatório no meio rural, aumentando o investimento para as infraestruturas escolares e o desenvolvimento da educação através de meios informáticos e possibilitando às crianças das famílias pobres o acesso ao ensino. Segundo o ministro de Educação Zhou Ji, o desenvolvimento da educação rural nas regiões do Oeste é uma das prioridades do governo nos próximos anos. Ele afirmou:
"Nos próximos anos, o aumento do investimento educacional se voltará ao meio rural e as autoridades financeiras centrais destinarão anualmente mais de 10 bilhões de yuans para o desenvolvimento educacional no Oeste, o que demonstra a determinação do governo para impulsionar a educação, especialmente a básica nas regiões do Oeste".
Atualmente, a China iniciou a nova rodada do Programa de Ação para Prosperar a Educação e de acordo com este programa, até 2007, os investimentos educacionais da China ocuparão 4% do PIB e o complemento orçamentário será empregado na educação do rural.
Nas regiões pobres do Oeste, a população vive esparsamente, o que representa uma grande dificuldade para o melhoramento das suas condições educacionais. Diante desta situação, a criação de internatos é uma das medidas para resolver a questão.
Para atender as necessidades da abertura ao exterior, o governo chinês vem esforçando-se pela generalização dos cursos de línguas estrangeiras nas escolas primárias em todo o país. Nossa reportagem visitou uma escola primária da etnia Uygur na Região Autônoma da Nacionalidade Uygur de Xinjiang.
A professora da Escola Primaria No. 1 da cidade de Urumqi, capital de Xinjiang, Sweida, disse a nossa reportagem que a escola oferecerá aulas de Inglês e dará maior atenção ao seu domínio..
Além de esforçar-se pelo desenvolvimento da educação básica, o governo dá grande atenção ao desenvolvimento do ensino superior. Nos últimos anos, a instituição de ensino superior vem aumentando a admissão para os cursos de licenciatura, bacharelato e pós-graduação. Este ano, elas admitirão mais de 4,2 milhões de estudantes, número recorde da história. Apesar da ampliação da admissão, com uma grande população escolar, o índice da admissão para o ensino superior atualmente é apenas 17%. O governo planeja elevar o índice para 32% até 2020.
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