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(GMT+08:00) 2004-07-28 15:24:10    
Vida real de imigrantes na cidade (2)

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Montado numa bicicleta especial com duas cestas de aço, Xiao Liu deve entregar a seus clientes garrafas de 20 litros de água mineral num edifício de 12 andares que fica a cinco quilômetros de seu local de trabalho. Nos primeiros meses de sua chegada a Beijing, em setembro do ano passado, devido ao desconhecimento da cidade, dava muitos rodeios carregado com pesadas garrafas à procura dos lugares de entrega. Agora está familiarizado com a área compreendida entre a rua Ganjiakou e Huayuancun, de maneira que cada dia pode entregar umas vinte garrafas de água. Xiao Liu, procedente da Província de Hebei, já trabalha em Beijing por mais de cinco anos. Um dia - depois que levou garrafas de água mineral a uma companhia -, o mandaram levar o lixo, dizendo que se não o fizesse, não lhe pagariam a água. Ele pediu para conversar com o diretor-geral e reclamou o dinheiro. Quando ele saía da empresa, os empregados o insultaram: "Tu, um humilde carregador de água, como te atreves a mostrar-te tão digno diante da gente? Que gozado!" Na realidade, a Xiao Liu não importa quão duro seja o trabalho, o que mais o incomoda é o menosprezo. "Vivo graças aos meus esforços físicos. Embora o trabalho não seja muito decoroso, não me dedico ao roubo muito menos aos assaltos", disse Xiao Liu à nossa reportagem.

Jia Jinyong, de 28 anos, está sentado numa sala de um clube esportivo com piscina e sauna. Trabalha aqui já nove anos. Terminada a escola secundária, Jia começou a trabalhar como eletricista em Yangzhou, província de Jiangsu. Aos 19 anos, seu tio o levou à cidade de Anshan, em Liaoning, para aprender a fazer massagens na sauna. Para dominar a habilidade o mais cedo possível, trabalhou e dormiu durante os sete dias da semana num centro de sauna. Graças a seus incansáveis esforços, foi promovido como chefe massagista e seu salário mensal passou para dois mil yuans, quantia que não deve ser considerada pouco mesmo para os funcionários locais. Entretanto, não satisfeito com os êxitos obtidos, Jia convenceu vinte massagistas a migrarem para Beijing, a fim de trabalhar num centro esportivo, onde faz massagem até hoje. Na sua opinião, a capital dá mais oportunidade para o desenvolvimento pessoal. Ele planeja montar em breve sua própria sauna. Xiao Jia casou-se há quatro anos e tem uma filha de 3 anos. Sua mulher também trabalha no mesmo centro esportivo.

Perto do mercado de antiguidades Panjiayuan havia seis triciclos e seus condutores não receberam nenhum cliente desde que saíram de casa muito cedo. Depois de ficar desempregado, Wu Tianming, de 49 anos, começou a trabalhar como "taxista" de triciclo, Para aliviar a difícil situação econômica que sua família encontrava, ele alugou um triciclo. "Minha mulher também não tem emprego e meu filho é deficiente mental. Se eu não trabalho, quem pode sustentá-los? Perguntou ele. Às nove da manhã, dois jovens queriam tomar o triciclo para a Rua Zuo´andonglu. A viagem era de três yuans. Eles aceitaram o preço. Na realidade, esta viagem não lhe convinha devido à sua delicada condição física. Suou-lhe muito quando pedalava o triciclo e tossia muito. Além disso, o vento estava muito forte. Lao Wu parou de pedalar e perguntou aos dois jovens se podia descansar um pouco. Eles queixaram-se, dizendo: "Porque não nos disse antes que não seria capaz de nos levar? Agora temos que buscar outro triciclo." desceram e deixaram um yuan no assento. De regresso ao mercado, Lao Wu não disse nem uma palavra. Meia hora depois, murmurou: "Não entendo porquê todos preferem tomar táxis ao invés do triciclo, que é mais barato?" Muito tempo depois um ancião subiu ao triciclo de Wu Tianming. Desta vez Lao Wu não deixou de pedalar. O ancião lhe pagou cinco yuans, dois mais que Wu tinha pedido. No caminho de regresso, Lao Wu disse aos botões: "Estou contente não apenas por dois yuans que o cliente me pagou a mais, mas sim pelo respeito que esse senhor me tratou."

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