Na evolução da humanidade, o Homem de Beijing pertence ao homem erecto e se encontrava numa importante fase do processo da evolução do macaco para o homem. Os fósseis humanos dessa fase são as raridades em todo o mundo, razão pela qual as ruínas em Zhoukoudian é, na atualidade, um dos mais ricos acervos dos fósseis humanos antigos desse período no mundo. A descoberta do Homem de Beijing esclareceu basicamente a árvore da evolução humana e proporcionou os fundamentos científicos para a doutrina sobre a evolução do macaco para homem.
Nas ruínas do Homem de Beijing, há um depósito arqueológico de mais de 40 metros de espessura. Nele, há 13 camadas sobrepostas de fósseis, de acordo com os resultados de pesquisa dos eruditos.
A parte inferior dos depósitos é uma camada misturada de areias e seixos que se formou, segundo as pesquisas científicas, durante um período frio, e confirmou um fato de que a região tinha passado por um período de climas frios antes da chegada do homem de Beijing.
Em cima da camada de areias e seixos, há uma camada em lama vermelho-carne, prova da existência de um afluente de água. Na lama, foram encontrados alguns utensílios de pedra. Como não se acharam vestígios humanos, ficamos sem saber quem seria o dono dos utensílios.
As grutas eram habitadas por hienas que se extinguiram na China, em diferentes épocas, porque em diferentes camadas de depósito há camadas de fezes do animal, que tinha o hábito de defecar em recintos fixos.
Depois das hienas, o Homem de Beijing tornou-se o dono das grutas. No chão das grutas há a presença de seus vestígios - ossos dos animais por eles abandonados, utensílios de pedra e ossos - assim como vestígios do uso de fogo.
A pesquisa científica demonstra que o Homem de Beijing vivia há 500 a 200 mil anos atrás. Não permaneciam nesta região, porque nas camadas de fezes de hiena e de areia, não se encontraram os restos humanos nem muitos vestígios culturais. Um grupo de homens de Beijing vivia aqui por um período. Nômades, partiam por motivo da falta de alimentação ou da mudança climática. Depois, outro grupo de seres humanos se instalou aqui.
Segundo cálculos de paleontólogos, há 500 mil anos atrás, cerca da metade dos homens de Beijing não completavam 14 anos de idade, devido às severas condições de sobrevivência. Tinham a imagem parecida com a do macaco e a do ser humano, por isso, é chamado homem-macaco. O volume cerebral equivale apenas a cerca de 80% do homem moderno. Mas, muito maior que o do macaco comum, o volume cerebral do macaco moderno é de cerca de 40% do Homem de Beijing. O Homem de Beijing tinha os membros superiores obviamente desenvolvidos e podia fazer trabalhos manuais e já podiam andar eretamente em seus membros inferiores um pouco curvados.
Também nas grutas, foram descobertas quatro camadas de cinzas de superfície e espessura relativamente grandes. Nelas, arqueólogos encontraram pedaços de osso e madeira queimados. Daí, entenderam que o Homem de Beijing já sabia usar o fogo para cozinhar suas caças e resistir ao frio. Naturalmente, ele usava apenas o fogo natural, mas sabia preservar a faísca.
Há cerca de 200 mil anos, o Homen de Beijing desapareceu. Não se sabe de onde ele veio ou aonde se foi.
Em 1933, por cima das ruínas do Homem de Beijing, foram descobertas as ruínas de Homem de Shandingdong. Os crânios completos e os pedaços de ossos pertencem pelo menos a 7 ou 8 indivíduos de ambos os sexos. Os restos estavam rodeados de pó vermelho de minerais ferrosos. Eruditos consideram que o Homem de Shandingdong realizava atos fúnebres de despedidas. Foram descobertas nas grutas agulhas de osso, pingentes de ossos perfurados e colares feitos de osso de peixe e pérolas de pedra. A análise revela que os ocupantes das grutas de Shandingdong sabiam fazer suas roupas com pele de animais ou enfeitarem-se. O Homem de Shandingdong viveu há 18 mil anos. Os resultados da pesquisa demonstram que ele não é descendente do Homem de Beijing.
Em 1987, as ruínas do Homem de Beijing em Zhoukoudian entraram na lista dos patrimônios culturais mundiais.
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