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(GMT+08:00) 2004-07-26 16:57:02    
Ruínas do Homem de Beijing em Zhoukoudian(1)

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Zhoukoudian é uma pequena aldeia situada a cerca de 50 quilômetros ao sudeste do município de Beijing. No monte Longgu, perto da aldeia, há uma caverna natural com cerca de 140 metros de comprimento. Sua largura varia entre 2,5 e 42 metros. É na gruta que se descobriram os vestígios do Homem de Beijing.

Não se sabe desde quando as gerações e gerações dos habitantes locais começaram a escavar os "ossos de dragão" e vendê-los como fontes medicinais. Na realidade, os "ossos de dragão" são fósseis de animais da Antigüidade. No início do século 20, os "ossos de dragão" despertaram a atenção dos eruditos estrangeiros.

Em 1921, o geólogo sueco, J. G. Andersson, e o paleontólogo austríaco, O. Zdansky, fizeram uma escavação experimental em Zhoukoudian e encontraram alguns fósseis animais e pedaços de quartzo branco com fios. Segundo registros feitos por J. G. Andersson em seu diário, ele tocou levemente a parede de uma rocha e disse a O. Zdansky: "tenho um pressentimento, os restos de nossos antepassados estão aqui".

Nas escavações realizadas em 1921 e 1923, eles obtiveram dois fósseis de dentes de seres humanos, mas não os reconheceram imediatamente e só os confirmaram quando publicaram sua descoberta, em 1926. Em 1927, uma equipe composta de arqueólogos chineses e estrangeiros chegou a Zhoukoudian para uma escavação de grande envergadura. No mesmo ano, encontraram mais um dente de um ser humano bem preservado e nomearam o ser humano em Zhoukoudian como Sinanthropus Pekinensis. Depois, fizeram uma emenda na denominação com Homoerectus Pekinensis. Mas, o nome mais vulgar é o Homem de Beijing.

Dia 2 de dezembro de 1929, o arqueólogo chinês Pei Wenzhong descobriu na caverna um crânio humano completo. A notícia se transmitiu ao exterior rapidamente e despertou ampla atenção dos eruditos. Pouco depois, ferramentas de pedra e de osso assim como vestígios de fogueira foram descobertos na mesma localidade, o que chamou a atenção de todo o mundo para as ruínas do Homem de Beijing.

Em novembro de 1936, após sucessivas de 11 dias, foram encontrados no mesmo terreno, três crânios humanos. Em 1937, a guerra de resistência à agressão japonesa eclodiu em todo o país e o trabalho de escavação ficou interrompido.

No final de 1941 quando da eclosão da Guerra do Pacífico, os cinco crânios humanos assim como outras amostras se perderam misteriosamente no processo de translado e não há notícias até hoje. O Museu das Ruínas de Zhoukoudian reserva atualmente apenas um único crânio humano antigo. Este foi consertado com vários pedaços de ossos, que pertenciam a um mesmo indivíduo, mas escavados em diferentes períodos.

Depois da fundação da República Popular da China em 1949, realizaram-se várias escavações em Zhoukoudian. Elas obtiveram fósseis de ossos de face, membros e dentes, representando mais de 40 homens de Beijing, além de 100 mil peças de pedra acabadas ou semi-acabadas, peças de osso e peças de chifre, bem como fósseis de mais de 100 espécies de animais e os vestígios do uso de fogo.

A grande atenção dada às ruínas do Homem de Beijing deve-se ao fato de que elas proporcionaram as provas científicas para os estudos da origem e da evolução da humanidade.

Em 1891, o holandês Eugene Dubois achou na Indonésia um crânio humano e denominou-a "Pithecantropus", conhecido também como "Homem de Java". Mas, os fósseis eram humanos ou de um macaco? Existem as discussões a respeito. Por falta de provas, Dubois desistiu da sua conclusão considerando que o Homem de Java não tinha a ver com a classificação de seres humanos. A descoberta do Homem de Beijing foi aceita em pouco tempo pela comunidade acadêmica internacional, que veio reconhecer a classificação do Homem de Java.