A aguda escassez de eletricidade que sofre a China nos últimos meses e que envolve 24 das 31 províncias do país a impor restrições ao abastecimento de eletricidade, vem consolidado a determinação do governo chinês para desacelerar o desenvolvimento das indústrias que consomem mais energia.

Calcula-se que a escassez no abastecimento de eletricidade poderia ascender a 20 milhões de quilovates/hora nas horas de maior consumo nos finais de junho e ampliar-se a 30 milhões no terceiro trimestre.

As indústrias metalúrgicas, de produtos químicos, energia, metais não ferrosos e materiais de construção, que representam 60,1% do consumo total de eletricidade do setor industrial do país no ano passado, são os focos de atenção do governo chinês quando promove a restruturação industrial no país.

No período entre janeiro e abril, o consumo de eletricidade da China experimentou um aumento de 16,1%, dos quais uns 74,9% se dirigiram às empresas industriais.

Ao mesmo tempo que toma medidas para frear a crescente demanda de eletricidade de algumas indústrias que consomem muita energia, o governo chinês prometeu garantir o abastecimento para os residentes, a produção agrícola, instituições chaves e as empresas de alta tecnologia.

Para reduzir o consumo energético, o governo de Beijing, igual que os de outras cidades, exigiu mais de 6.000 empresas locais que suspendam a produção por uma semana alternativamente neste verão.

O governo também pediu as plantas elétricas que assegurem um abastecimento estável e pôr em operação mais unidades generadoras sempre que as condições permitam.

As autoridades centrais exigiu que as empresas elétricas aperfeiçoem a distribuição de electricidade e estejam bem preparadas para qualquer emergência.

Ao mesmo tempo, os meios de comunicação se dedicam às publicidades sobre o energético, estimulando os cidadãos e empresas a tomar medidas avançadas a economizar o consumo de eletricidade.

Desde há muito tempo, a baixa eficiência eléctrica é um problema grave na China, já que o índice se situa em 33% neste gigante asiático, 10 pontos percentuais menos que o dos países desenvolvidos, enquanto o consumo elétrico para o valor de produção por unidade da China é quase o dobro dos países desenvolvidos.

Os funcionários e especialistas crêem que a escassez de eletricidade se aliviará em 2005 na China.