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(GMT+08:00) 2004-07-15 10:57:12    
Conhecendo a vida e os costumes folclóricos do povo chinês (4)

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Festas folclóricas chinesas atraem também turistas estrangeiros.

Os dais gostam de cantar e dançar. Por isso, os visitantes podem assistir suas apresentações e ao mesmo tempo, provar comidas típicas do local. Não se pode deixar de comprar lembranças do artesanato local, tais como barcos, bordados e artigos de bambu.

Entre os dias 13 e 15 de Abril de todos os anos, o festival da água abençoada ?Ano Novo do calendário Daí-- constitui uma outra atração para os turistas, em Xishuangbanna. Para os dais, a água é o Deus da vida e símbolo de pureza, beleza e lucidez. Ao iniciar o ano, é costume que as pessoas joguem água uma nas outras para serem abençoadas. Por isso, durante o dia, com bacias ou baldes na mão, elas se divertem jogando água nos outros. Aquele que ficar bastante molhado, esse será o mais abençoado. São realizados também festivais como competição de barcos de dragão e espetáculos artísticos.

A nacionalidade Miao vive na província de Guizhou, vizinha de Yunnan. A moradia comum deles é uma construção, suspensa na encosta dos montes, de dois pisos, sendo que o de cima são os quartos e salas e o de baixo, está destinado para a criação de aves e gados.

Os homens miaos têm o hábito de usar lenço branco na cabeça, camisa branca sem colarinho e calças com bocas bem largas. As mulheres miaos gostam de fazer penteado alto enfeitado com lenço colorido e vestir saias franzidas de cor azul e verde. Além disso, usar jóias de prata é um costume tradicional delas. Às vezes, o peso total dessas jóias chega a um quilo.

Quando encontram algum grupo de turistas, os miaos têm grande prazer de recebê-los na entrada da aldeia: os homens tocam Lusheng, um tipo de instrumento de sopro, enquanto as mulheres muito bem vestidas, cantam, dançam e oferecem aos hóspedes vinhos num chifre feito para tal fim. Antes e durante o caminho até entrar na aldeia, aos hóspedes são oferecidos vários tipos de vinho. Além de provar as comidas e iguarias locais, os hóspedes recebem uma pintadinha no rosto, que significa uma benção do anfitrião e depois entram na roda da dança coletiva com os miaos.

Em certas épocas, são realizados touradas especialmente para os turistas. Diferentemente da tourada na Espanha, a dos miaos é uma luta entre dois touros robustos que se batem até sangrarem, numa cena impressionante. As mulheres miaos são fantásticas para fazer batik com desenhos lindos e estilos próprios da nacionalidade. Ver como elas trabalham, constitui um programa interessante para os turistas, que aproveitam para levar algum tipo de lembraça.

A vida dos mongóis que habitam a vasta pradaria do norte da China é outra atração. Na imensa e verde serra, encontram-se muitos rebanhos de gados, ovelhas e cavalos, além de iurtas--tendas de forma cilíndrica cobertas de tapetes de lã-- moradia típica dos mongois-- espalhadas por toda a região.

Os mongóis usam cabaias de mangas compridas, sendo que as cores azul e marrom são as preferidas dos homens e a vermelha, verde e lilás para mulheres. O uso de cinto e bota também é um costume. Os homens gostam ainda de usar chapéu de couro, enquanto as mulheres, um lenço de seda colorida. Mas na ocasião das festas ou visitas, as mulheres gostam de usar jóias de pérolas, ágata, ouro, prata e pedras preciosas.

Ao visitar a Mongólia Interior, os turistas podem se hospedar no hotel-tenda modernamente equipado, tomar chá com leite e comer um churrasco próprio da região. O anfitrião oferece vinho e brinda os hóspedes entoando canções.

Os turistas podem assistir aos espetáculos artísticos, as lutas mongóis, escutar músicas e participar da corrida de cavalo. Se gostar, o turista pode andar de camelo, praticar arco e flecha e passear em uma carroça de boi.

A nacionalidade Uigur, na Região Autônoma do Xinjiang, tem também suas características particulares de vida. Kashgar, pequena cidade fronteiriça, é a mais frequentada pelos turistas em razão de seus costumes folclóricos.

O vestuário dos uigures é o mais bonito de todas as nacionalidades. Os homens usam coletes grandes e compridos fora da camisa, com cintos e objetos na cintura enquanto as mulheres usam vestidos lindos com coletes. Os pequenos coloridos e as botas são peças que não podem faltar no vestuário dos uigures. As mulheres gostam de se maquiar, usar lenço na cabeça, enquanto as jovens gostam de usar trancinhas compridas.

Segundo as condições do clima local, a casa dos uigures é feita de barro com janela no teto e o telhado plano serve para secagem de produtos agrícolas e para tomar uma brisa nas noites de verão. Eles gostam de cultivar um jardim cheio de plantas, usar tapetes de parede e de armários bem pintados. Muito hospitaleiros, os uigures costumam assar ovelhas inteiras para oferecer aos hóspedes junto com outras comidas locais.

A feira de domingo de Kashgar, uma espécie de bazar, é a mais tradicional da região. No domingo, de manhã cedo, os aldeões vindo de todos os cantos se reúnem na feira, onde praticam o escambo. Gorros e facas típicas do local são as lembranças prediletas dos turistas.

A mais mística nacionalidade chinesa é a Mosuo, cuja vida ainda mantém influências da sociedade matriarcal. Eles vivem ao longo do lago Lugu, região entre as províncias de Sichuan e Yunnan, recentemente aberta aos turistas.

Os mosuos conservam ainda um hábito de matrimônio muito particular, chamado Azhu. Os homens e as mulheres podem namorar livremente, seja por pouco ou muito tempo. Quando se tornam namorados, a mulher e o homem continuam morando na casa dos seus pais, mas o homem passa à noite na casa da namorada e sai de lá na madrugada. Os filhos pertencem obrigatoriamente à mãe, que se responsabiliza também pela educação deles. Em todas as famílias, a mulher é que tem o mando tanto da administração da casa como da produção e distribuição da riqueza. Os homens que moram com os pais também são submetidos à chefia da mãe ou da avó. Para os historiadores, a região é uma prova viva do tipo de casamento da sociedade primitiva.

A moradia dos mosuos é uma construção de madeira de dois andares, de forma quadrada, que tem um quarto central que serve de sala principal e onde são veneradas as imagens da religião lamaísta. Os quartos laterais são dotados de fogão e cama e são destinados para os jovens, já o espaço térreo serve para criar o gado.

Em março, abril e julho, são realizadas cerimônias rituais para as montanhas e para os mares, ocasião em que, todos os aldeões caminhando em volta do lago, declamam sutras. Após as cerimônias, fazem piquenique e os jovens, ao anoitecer, aproveitam para namorar.

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