A China adotou a partir do dia primeiro de julho deste ano uma nova versão do certificado de matrimônio.
Há um século, o certificado de matrimônio tinha um significado social opressivo. Na versão de 1909, poucas linhas falavam acerca dos direitos da noiva. O pai de uma menina de seis anos, que assentiu casar-se com seu noivo -, ganhou 15 taes de prata como pagamento pelo compromisso assumido por sua filha. O documento não menciona os nomes dos noivos.
Desde 1911, ano que marcou o fim das dinastias feudais na China, com a queda da dinastia Qing na última dinastia feudal da China, os nomes dos noivos apareciam nos certificados de matrimônio. O nome da noiva ficava detrás do noivo em minúsculas letras, símbolo do machismo enraizado na mentalidade social da época.
Depois da fundação da Nova China, em 1949, o governo chinês lançou uma lei matrimonial que estimulava os matrimônios livres e de plena igualdade. O nome da noiva se escreve pela primeira vez ao lado do nome do noivo.
Desde os meados dos anos 60 até os meados dos anos 70, no certificado de matrimônio, aparecia sempre uma citação de Mao Zedong.
Mais de 40 anos depois, as autoridades da China decidiram emiter o certificado de matrimônio da cor vermelha e o do divórcio em verde.
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