Desde a implantação da reforma durante mais de 20 anos, o campo chinês registrou notáveis êxitos, e a economia rural conheceu uma profunda transformação. A agricultura chinesa entrou numa nova etapa de desenvolvimento, em que se realiza a restruturação estratégica no campo e na economia rural. O ingresso na Organização Mundial de Comércio(OMC) constitui nova chance e desafio para o desenvolvimento rural, e com base na estabilidade, a política agrícola enfrenta certos reajustes necessários.

Antes da reforma e abertura iniciada em 1978, aplicava-se o sistema de comuna popular, caraterizado pela integração da comuna popular com a administração, a ordem administrativa e o igualitarismo. Tal sistema, junto com o monopólio estatal da compra e venda a preço baixo, prejudicava gravemente o entusiasmo dos camponeses pela produção e dificultava ao desenvolvimento rural. Até final da década de 70 do século XX, com contradições acumuladas, a economia nacional se encontrava à beira de colapso, o que originou a reforma.

A reforma da China começou no campo. Em 1978, camponeses da aldeia Xiaogang da província de Anhui começou a aplicar, espontaneamente, o "contrato de produção agrícola entre a unidade familiar e o Estado", o que resultou no evidente aumento da produção. Em poucos anos, tal maneira de produção se estendeu por todo o país. Até 1983, adotou-se em geral nas zonas rurais do país o sistema de responsabilidade pela produção familiar dos camponeses, dando assim início à nova era de reforma e desenvolvimento rural do país.

Até o momento, a reforma rural da China passou por 4 etapas:

1978-1984, período de implantação. O principal conteúdo da reforma foi promover o sistema de responsabilidade pela produção familiar dos camponeses. A essência da reforma foi introduzir operações familiares na economia coletiva, as famílias camponesas assinaram com a coletiva contratos de terrenos para suas operações, com direito de autonomia, formando-se assim o sistema de operação dupla, de famílias camponesas e coletiva. Os rendimentos pertenciam às familiares, mas que tinham que pagar impostos agrícolas ao Estado e certas despesas necessárias para a coletiva. A medida mobilizou grandemente o entusiasmo dos camponeses pela produção. Além disso, a partir de 1979, o país elevou, em vários anos, em grande envergadura, os preços dos principais produtos agrícolas. Tudo isso promoveu energicamente o aumento extraordinário da produção agrícola. A produção de cereais aumentou drasticamente, de 305 milhões de toneladas em 1978, para 407 milhões de toneladas em 1984, com aumento anual de 4,95%.