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(GMT+08:00) 2004-06-09 10:51:10    
Prevenção contra AIDS

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A China também encontra esta enfermidade que mata milhões e milhões de pessoas no mundo todos os anos. E o governo chinês trava uma luta incansável contra este mal. Provavelmente, os nossos ouvintes estão interessados em saber como os chineses combatem a AIDS.

Em 1985, foi descoberto o primeiro caso de AIDS no território chinês: um norte-americano de origem argentina. Naquele tempo, a maioria dos chineses, inclusive os médicos, não conhecia nada sobre a AIDS e pensavam que o nosso País não tinha nada a ver com ele. Passados quase 20 anos, a AIDS se encontra numa fase de rápido crescimento na China. Uma investigação feita pelo Ministério de Saúde Pública, com assistência técnica da Organização Mundial da Saúde (OMS) e o Programa Conjunto da ONU sobre o AIDS, revelou que na China de hoje há cerca de 840 mil soropositivos, distribuídos em todo o País. Neste grupo de pessoas, há mais de 80 mil casos de enfermos de AIDS. Hoje em dia, a China fica em segundo lugar na Ásia e em décimo quarto no mundo quanto ao número de infectados de AIDS. Segundo o dado mais recente, os infectados de SIDA são, em sua maioria, jovens e a metade deles entre 20 e 29 anos de idade.

Calcula-se que o principal meio de contaminação é a aplicação de drogas através de injeções: 68%. A infecção por manejo de sangue contaminada ocupa 9,7%, a infecção pela transfusão de sangue, 1,5%, a infecção por relação sexual, 7,2%, a infecção por amamentação, 0,2% e os demais, 1,5%. E ao mesmo tempo, vê-se uma tendência crescente na porcentagem de infecções por contactos sexuais e a amamentação. Especialistas prevêem que os soropositivos na China ultrapassarão dez milhões em 2010, se não forem tomadas as medidas eficazes. É realmente um problema muito sério e preocupante tanto para o governo como para o povo.

Talvez por falta de conhecimentos, os chineses relacionam a AIDS com as enfermidades venenosas ou enfermidades sujas. Quando falam da doença, pensam sempre em mas condutas sexuais. O sítio web da Televisão Central da China realizou dia 17 de novembro de 2003 uma pesquisa entre os navegantes da rede sobre os conhecimentos do AIDS. Participaram da atividade 2375 pessoas durante três meses até o dia 10 de fevereiro de 2004. Os resultados mostram que a infecção por via sexual, transfusão de sangue, aplicação de drogas e partos, representam 23,71, 23,10, 20,49 e 17,64% respectivamente. 8% dos pesquisados consideram que a picada de mosquitos também é um meio e o mais lamentável é que somente 58,15% das pessoas sabem que o dia mundial contra o AIDS transcorre no dia primeiro de dezembro.

A falta de conhecimentos sobre o AIDS provocou também um pavor generalizado na sociedade, com que os infectados sentam uma pressão psicológica tão devastadora como a própria enfermidade. O desconhecimento produz atitudes extremas. Por exemplo, muitas pessoas rejeitam os cereais e verduras produzidas nas aldeias, onde vêem-se infecções massivas do AIDS. Os jovens saudáveis das aldeias infectadas não podem ser admitidos nas zonas vizinhos. E até os taxistas negam-se a transportar os clientes das aldeias vizinhas.

Às 13:14 do dia 26 de novembro de 2003, o canal 1 da Televisão Central da China transmitiu um anúncio público para utilizar o condon na prevenção do AIDS. O anúncio durou apenas semanas como previsto. Foi o primeiro deste tipo relacionado com o uso do condon e a saúde genital. Muitos meios estrangeiros consideram que este significa o início da guerra contra o AIDS desencadeada publicamente pelo governo chinês.

À medida que aumenta a propaganda neste aspecto, o governo investe mais e mais verbas na prevenção contra o AIDS. O fundo especial destinado à prevenção pelo governo central em 1996 foi apenas de cinco milhões de yuans RMB, equivalentes a mais ou menos seiscentos mil dólares americanos. E a partir de 2001, a suma passou para 100 milhões de yuans RMB. A Comissão do Planejamento Estatal emitiu um total de 2.900 milhões de yuans de títulos de dívida pública para apoiar o sistema de prevenção do AIDS das regiões central e oeste, consideradas as mais atrasadas do País. Além disso, as outras regiões também dão passos significativos neste sentido. Por exemplo, a Província de Guangdong, uma das mais desenvolvidas da China, aplica uma quantia especial de 10 milhões de yuans para este fim todos os anos.

Em março de 2003, os diretores dos departamentos de saúde pública a nível provincial e o Ministério da Saúde Pública assinaram o Acordo de Responsabilidade de Trabalho na Zona Piloto para Prevenir o AIDS. Mais tarde, entraram em funcionamento as primeiras zonas piloto nas províncias de Henan, Hebei, Shanxi, e outras. Nestas zonas os enfermos podem receber tratamento e medicamentos gratuitos. Nesta atividade, 3 mil enfermos obtêm a terapia de coquetel gratuita. Nos próximos 3 anos, serão estabelecidas mais 124 zonas piloto, conforme o programa traçado pelo govenro central.

No dia primeiro de dezembro de 2003, o Premier Wen Jiabao visitou 3 enfermos de AIDS no Hospital Ditan de Beijing, ocasião em que os cumprimentou e conversou com eles. Foi a primeira vez na história chinesa que um Premier apertou a mão cm os enfermos de AIDS. O diretor do Projeto de Atenção e Prevenção do AIDS entre a China e os Estados Unidos Ye Lei disse que este encontro pode ser considerado um passo marcante na história chinesa de prevenção do AIDS. A partir do dia 18 de fevereiro de 2004, 76 quadros da Província de Henan (província com maior cifra de casos do AIDS na China) convivem como os aidéticos durante um ano nas aldeias com maiores cifras de casos do AIDS. Suas tarefas principais são aperfeiçoar o mecanismo de atenção aos soropositivos e supervisar a prestação dos serviços oferecidos pelo Estado. (medicamentos gratuitos contra a AIDS, exames gratuitos, separação entre a mãe contaminada e o filho, assistência a órfãos das vítimas e atenção aos idosos desamparados).

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