Na China, o número de velhos atinge 130 milhões de pessoas, representando 10% da população. A questão torna-se cada dia mais séria. Nos últimos anos, o governo vem prestando muita atenção no assunto.
Em novembro de 2001, as organizações de anciões, membros de Associações Internacionais de apoio aos idosos e especialistas nesta área procedentes de cerca de 20 países da Ásia e Pacífico reuniram-se em Beijing para discutir o tema. Como a China garante o nível e a qualidade de vida dos que representam 1/5 da população mundial? As organizações internacionais e especialistas mostraram grande interesse. Um alto funcionário da China disse que o governo chinês está estabelecendo os sistemas de seguridade para idosos em 3 aspectos. Primeiro: O sistema de seguridade para idosos garante uma qualidade de vida básica. Desde sua aplicação há 4 anos, este sistema vem obtendo grande sucesso. Segundo, o sistema de garantia de um nível mínimo de vida dos idosos urbanos e o sistema de assistência aos idosos sumamente pobres. Além do Estado, a sociedade deve preocupar-se com os seus mais velhos. Segundo se informa, em 2001, a China destinou 150 bilhões de yuans equivalentes a US$ 20 bilhões para garantir a vida básica deste grupo, através de pagamento mensal de pensão. Nos últimos anos, com o aumento das pequenas famílias urbanas, muitos velhos hoje vivem separados dos filhos. Segundo estatísticas, eles representam de 60% a 70% do total. No campo, o número destes também aumentou. Para cuidar da vida dos idosos que vivem sozinhos, a China vem aperfeiçoando nos últimos anos, o sistema de atendimento aos idosos. Agora, alguns deles que eram cuidados pela família estão sendo tratados por "lares dos idosos do quarteirão".
O Ministério de Assuntos Civis da China está promovendo um "programa de estrelas" referentes aos velhos, segundo o qual todos os quarteirões das grandes cidades deverão construir nos próximos 3 anos, uma série de lares destinados ao divertimento, estudo, assistência médica e ajuda recíproca. Estes lares devem contar com jardins, refeitórios, casa de chá, postos sanitários e centros de recreação. A partir de sua promoção, este programa tem obtido rápido desenvolvimento. Por exemplo, na cidade de Bao Ding, província de He Bei, foram construidos em 2 meses 100 lares de velhos que compreedem salas de xadrez, cartas e conversação, sendo calorosamente aplaudidos pelos residentes locais. Além disso, se orgnaizam sempre actividades artísticas e jogos esportivos. Num quarteirão, nossa reportagem ouvia canto e música a cargo de instrumentos musicais. Para conceder assistências aos velhos deficientes, o comitê de residentes empenha-se em pedir apoio da Sociedade.
O Ministério de Assuntos Civis destinará o equivalente a US$ 2.5 bilhões para pôr na prática o "programa de estrelas".
O velho deficiente Liu Zelin, de 67 anos de idade de Beijing, disse: "Minha pensão é de 700 yuans equivalentes a US$ 100. Além disso, posso receber 200 yuans de subsídio (US$25) por ferimento no serviço. Minha mulher também tem mais 600 yuans de pensão equivalentes a US$80. Por isso, levamos uma vida boa. Além da vida relativamente boa, os velhos também querem manter uma vida espiritual."
Outro velho Li Ziyun também disse a nossa reportagem: "Aposentado, eu levo uma vida variada. Gosto de ler, tocar piano, apreciar música e participar de actividades artísticas do quarteirão. Já escrevi um livro sobre a vida de deficientes. Em resumo, minha vida de aposentadoria é feliz".
A seguir, vou contar o dia a dia de alguns velhos. Eles pela manhã, vão ao parque, ou em uma grande calçada para fazer exercícios de Taichichuan. Depois, voltam à casa. A maioria deles cozinham. Preparam comida para a família e vivem sempre junto com um dos filhos. A hora da sesta é sagrada. Quando venta, alguns velhos gostam de soltar papagaio com os netos enquanto intelectuais fazem tradução e ficam na internet ou nadam todas as semanas. Têm uma vida muito variada. Nas tardes, jogam, também nas calçadas, o Ma Jiang ( é uma espécie de jogo chinês em forma de dominó). Então, juntam muitos jovens ao redor, para aprender com a experiência.
No fim da tarde, assistem a televisão e gostam de apresentar a ópera de Bejing em pequenas praças.
Já de noite, muitos saem para dançar. Alguns levam o gravador e por isso, os frequentadores contribuem por ano com cinco yuans, (cerca de 2 reais) para comprar pilhas.
No campo, os mais velhos cuidam dos netos, cozinham e trabalham na horta. Os mais idosos não vão à lavoura. Ficam em casa, dando comida para galinhas e porcos. Outros que trabalharam durante a vida toda, não param em casa. Continuam trabalhando, ou dando aulas ou ajudando nos afazeres da casa.
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