• Fanzine• Sobre CRI• Sobre o Dept.
China Radio International
China
Mundo
  Notícias
  Economia
  Cultura
  Ciência e Tecnologia
  Esporte
  Turismo
  Diplomacia

Repórter

Cultura

Turismo

Sociedade

Etnias

Mundo Lusófono

Culinária
(GMT+08:00) 2004-05-17 09:49:09    
Ópera tibetana

cri
A ópera tibetana possui 600 anos de história. Dizem que no princípio do século XIV, Tangdongjiebu, um monge tibetano, percorria muitos lugares para angariar fundos para construir uma ponte sobre o rio Yalu Zanpo, mas não conseguiu nenhuma doação durante três anos. Posteriormente, ele encontrou por entre os devotos budistas sete irmãs bonitas, inteligentes e hábeis de canto e dança. Com elas, formou um conjunto musical para realizar apresentações que representassem as lendas do budismo e arrecadassem o dinheiro necessário. Essas apresentações teriam sido o embrião da ópera tibetana.

No princípio, a ópera interpretava suas histórias por mímica acompanhadas de dança. Com o decorrer do tempo, ela evoluiu para uma arte integrada de várias técnicas como canto, dança, recitação, música e interpretação. Há doze peças tradicionais. A Princesa Wencheng, O Rei Zhusang, A Menina Langsa são alguns exemplos. São todos os contos lendários sobre a história da etnia tibetana e o budismo.

Com uma evolução de centenas de anos, chegou-se a uma fórmula relativamente fixa e própria de representação. Em geral, a ópera é interpretada em praças, os atores levam máscaras, trajam-se conforme a etnia tibetana e são acompanhados por apenas dois instrumentos musicais: um tambor e um címbalo. O tempo de duração de uma apresentação pode variar muito, algumas com várias horas, outras até dois dias.

Devido aos fatores históricos, lingüísticos, geográficos e aos diferentes hábitos e costumes regionais do Tibet, há várias escolas da ópera tibetana. Destacam-se duas, caracterizadas pelas diferentes cores de suas máscaras utilizadas durante suas apresentações: a escola de máscara branca e escola de máscara azul. O uso de máscaras é uma de suas marcas registradas. Em cores vistosas, as máscaras podem representar seres humanos ou seres míticos como as horríveis bruxas, animais com cabeça de boi e cara do diábo ou com cabeça do porto e corpo de serpente. Muitas vezes, as máscaras são exageradas e bem humoradas, daí, a graciosidade.

A ópera tibetana é uma das preciosas heranças culturais da China. Para uma melhor proteção e investigação da arte, têm sido criados os conjuntos artísticos e as entidades de pesquisa da ópera tibetana.