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Há pouco tempo, foi criada a Companhia (Grupo) de Artes e Entretenimento da China, CHINA ARTS AND ENTERTAINMENT GROUP, o que representa mais um passo dado pela China na reforma da estrutura do setor cultural do país.
A Companhia foi criada a partir da fusão entre a Agência de Representação Artística da China e o Centro de Exposição Internacinal da China. Estas duas instituições estavam subordinadas diretamente ao Ministério da Cultura e foram criadas nos anos 50. Elas se responsabilizavam pela organização das exposições e representações determinadas em acordos intergovernamentais de intercâmbio cultural. Há dezenas de anos, desempenhavam o meio principal para os intercâmbios culturais com o exterior tornando-se a maior entidade intermediária do setor na China. Em 2000, começou a reestruturação das duas entidades e em 2003, estas organizaram os programas de exposição e representanção em 62 países e regiões que atenderam a mais de 16 milhões de pessoas.
Com o desenvolvimento da reforma e abertura ao exterior, o regime intermediário para o intercâmbio cultural não se enquadrava mais com a estrutura da economia de mercado que vem se desenvolvendo na China, nem satisfaz à concorrência internacional cada vez mais acirrada no setor cultural. Perante o grave "déficit" entre a importação e a exportação dos produtos culturais, o Ministério da Cultura decidiu realizar a reestruturação das entidades culturais criando a Companhia de Artes e Entretenimento uma das importantes medidas neste sentido.
Segundo o ministro de Cultura, Sun Jiazheng, com a criação da Compahia de Artes e Entretenimento, terminou a história de meio século da Agência de Representação Artística e o Centro de Exposição Internacinal como instituições estatais e desde agora, estes, como uma única empresa intermediária no setor cultural, funcionará em um novo e melhor mecanismo e se voltará ao mercado e a todo o mundo. Sun Jiazheng disse: "A reestruturação contribuirá para que a Companhia vire uma empresa tipo de carro-chefe, guiando as empresas culturais de todo o país e contribuindo para a formação de uma indústria desde a produção até as operações, desde a representação até a exposição até os setores televisivos e cinematográficos".
O presidente da Companhia, Zhang Yu, vê com bons olhos a reestruturação. Disse: "a criação da Companhia representa apenas o primeiro passo na trajetória que temos que trilhar. Esperamos criar uma corrente da indústria cultural com o exterior priorizando os programas de representação e exposição e estendendo seus serviços para a administração de teatros, agências de negócios sobre objetos de arte, operações nos setores de meio de comunicação de massa, tais como publicação de livros e jornais e produção de produtos audiovisuais, televisivos e cinematográficos, com o fim de promover a cultura chinesa ao exterior e introduzir excelentes produtos culturais ao mercado chinês".
Segundo Zhang Yu, será realizada a transformação da empresa estatal em regime acionário. Ele disse: "Vamos nos transformar num regime acionário adotando o controle estatal como pré-condição e pretendemos atrair investimentos estrangeiros e mais parceiros para cooperação. Assim, poderemos desempenhar um papel ainda maior para o desenvolvimento cultural e econômico do país".
A reforma da estrutura cultural da China entrou na fase essencial em 2003. Para tanto, determinaram-se como projetos pilotos experimentais 35 entidades nos setores de publicação, comunicação de massa, bibliotecas e museus, palácios culturais, conjuntos artísticos de 9 regiões.
Segundo Zhang Yu, a reestruturação visa dividir as instituições estatais em duas categorias: instituições de empreendimento cultural de assistência social e a indústria cultural. As instituições culturais são financiadas pelo governo e prestam serviços ao público no setor cultural e estimulam a participação social. A indústria cultural se basea nas companhias culturais que se voltam ao mercado e funcionam de acordo com as regras do mercado.
Informa-se que, as instalações culturais de assistência social, tais como museus e bibliotecas estão abertos gratuitamente aos menores. Com o aumento dos investimentos governamentais, participação dos fundos sociais e o melhoramento das infraestruturas, vão abrir-se gratuitamente a toda a sociedade.
Quanto à indústria cultural, muitas instituições culturais vão transformar-se em empresas regidas pela economia de mercado. O Teatro Infantil de Beijing foi uma das primeiras entidades transformadas em empresa entre as instituições de representação na China. Em janeiro deste ano, foi reestruturado com o nome Sociedade de Quotas do Teatro Infantil de Beijing. Agora, ela está preparando o primeiro teatro musical Labirinto com um investimento sem precedentes no teatro infantil chinês: 3 milhões de yuans. Uma empresa comprou a bilheteria da primeira apresentação da peça ao preço de 1,15 milhão de yuans, o que bateu outro recorde na história do teatro infantil neste país.
O presidente da Companhia Wang Ying disse: "Dedicaremo-nos principalmente para a produção de peças teatrais infantis e vamos no esforçar para criar uma corrente de atividades econômicas sobre a cultura em relação às crianças como, por exemplo, a publicação de livros, programas televisivos e cinemas, alimentação e vestuário, a fim de montarmos um grande parque temático infantil, pois a economia de mercado nos possibilita muitas oportunidades".
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