Na reunião de alto nível sobre o controle científico de calamidades naturais, celebrada dia 27 durante a 60ª sessão da Comissão Econômica e Social das Nações Unidas para Ásia e Pacífico, o governo chinês se comprometeu a utilizar seus recursos tecnológicos espaciais para prestar toda forma de ajudas aos países da Ásia-Pacífico na redução das calamidades naturais.

O diretor da Administração Estatal de Astronáutica da China, Luan Enjie anunciou na reunião que o governo chinês se compromete a fazer o que pode para prestar toda ajuda tecnológica necessária aos outros países da Ásia-Pacífico, que sofram graves calamidades naturais e utilizará seus recursos para facilitar aos outros países em desenvolvimento da região a capacitação com condições preferenciais sobre o alívio e o controle das calamidades mediante a tecnologia espacial.

Ele propôs, em nome do governo chinês, que os países da Ásia-Pacífico prestem maior atenção ao alívio e controle das calamidades com a tecnologia espacial. Estabeleçam um mecanismo de coordenação nesta região para tal alívio e reforcem a cooperação regional no dito alívio e controle e que os países da região, através da cooperação internacional e usando seus respectivos recursos existentes e futuros, crêem na região um sistema integral (espacial) de alívio de calamidades para qualquer tempo e clima em esforços por compartilhar dos recursos e dados do alívio com a tecnologia espacial.

Segundo estatísticas da Comissão Internacional para Alívio de Calamidades Naturais da China, a perda econômica causada por calamidades atingiu 5% do PIB do país.

Luan Enjie afirmou que a tecnologia espacial desempenha na China um papel insubstituível no monitoramento dinâmico de calamidades, na reação de emergência ante as mesmas e na recuperação e reconstrução após calamidades e na elaboração de uma estratégia para o alívio de calamidades.

Ele salientou que com o propósito de desempenhar ao máximo o papel correspondente à realidade da China, considerada como grande país da astronáutica, nas atividades internacionais de diminuição de calamidades e de utilização pacífica do espaço exterior, o governo chinês decidiu criar uma estação de pequenos satélites destinada à vigilância e prognóstico de calamidades, com a finalidade de realizar uma detenção dinâmica do meio ambiente e das calamidades nas vastas terras e em todo tempo e clima, que sirva de uma das plataformas do mecanismo de alívio de catástrofes naturais na região da Ásia-Pacífico.

A sugestão do governo chinês sobre o estabelecimento do mencionado mecanismo de coordenação e seus esforços foram elogiados por outros países da Ásia-Pacífico.

O embaixador de Bangladesh na China, Asfakur Rahman disse: Me cumpre ver que a China começa a aplicar a tecnologia espacial para controlar calamidades naturais. A seu ver, é necessário estabelecer na região da Ásia-Pacífico um mecanismo de cooperação regional para elevar a capacidade dos países da região de controlar as calamidades sobre a base de compartilhamento de informações, tecnologia e recursos.

Ele destacou que a China desempenha um papel chave nesta investigação e deseja cooperar com outros países da Ásia-Pacífico.