O governo do Brasil manifestou hoje, dia 27 a esperança de exportar produtos com mais valor agregado para a China, que é o terceiro maior parceiro comercial do país sul-americano, apensas depois dos Estados Unidos e Argentina.
Num seminário sobre o comércio entre o Brasil e a China no século 21, o ministro de Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior do Brasil, Luiz Fernando Furlan disse que a matéria prima de escasso valor agregado domina as exportações brasileiras.
Essa situação do mercado brasileiro é contrária aos produtos que recebe da China, disse Furlan ao considerar necessário e conveniente que o Brasil exporte etanol, combustível derivado da cana de açúcar, ao país asiático como uma forma de vender a "tecnologia de fabricação nacional".
Ele disse que a China tem 171 cidades com mais de um milhão de habitantes e um número crescente de automóveis que tem que elevar a contaminação atmosférica. Este problema seria minimizado com o uso de etanol brasileiro, um dos combustíveis mais limpos disponíveis, ele afirmou no seminário na cidade do Rio de Janeiro.
Segundo as cifras proporcionadas por Furlan, o Brasil poderá vender este ano 500 milhões de litros de etanol à China, pois o mercado tem um potencial muito maior de absorção do produto.
Os dados da Secretaria de Comércio Exterior brasileira indicam que o intercâmbio bilateral aumentou significativamente, de 2 bilhões e 410 milhões de dólares em 2001 para 6 bilhões e 680 milhões em 2003.
No mesmo período, as exportações da China para o Brasil tiveram um crescimento de apenas 61,7%, aumentando de 1 bilhão e 330 milhões de dólares em 2001 para 2 bilhões e 150 milhões em 2003.
No primeiro trimestre de 2004, as exportações do Brasil para a China cresceram de 54% sobre o mesmo período de 2003.
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