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(GMT+08:00) 2004-04-20 08:49:37    
Brasil e China querem aumentar comércio bilateral

cri
Segundo despacho procedente do Brasil, o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva recebeu dia 19 o vice-primeiro-ministro chinês Hui Liangyu, ora em visita ao Brasil.

Na ocasião, Lula disse que o Brasil prioriza muito o desenvolvimento da parceria estratégica com a China. Ele ainda mostrou que seu governo quer aumentar o comércio e o intercâmbio de informações do agronegócio.

Ainda dia 19, foi assinado o memorando pelo secretário-executivo do Ministério da Agricultura, Amauri Dimarzio, e pelo vice-ministro da Agricultura chinês, Zhang Guobao, tendo formado assim o Comitê Sino-Brasileiro de Cooperação em Agricultura.

Segundo informações, no ano passado, os negócios entre Brasil e China movimentaram US$ 6,8 bilhões segundo estimativas pela parte brasileira, mas 8 bilhões segundo a parte chinesa. Para Dimarzio, a expectativa para este ano é de que o comércio entre os dois países alcance US$ 10 bilhões. Hoje, a China é o terceiro maior importador brasileiro e o primeiro do agronegócio nacional, segundo o Ministério da Agricultura.

O comitê deve definir as áreas de interesse de cooperação mútua. Deverão ser apresentadas também alternativas para harmonizar a legislação comercial agrícola dos dois países e para a remoção de eventuais barreiras.

O documento precede a assinatura de possíveis acordos de cooperação entre o Brasil e a China. Em maio, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva visita a China.

No comércio, o interesse da China é pela importação de soja e de minérios. Segundo o Ministério da Agricultura, a China é o maior importador da soja brasileira. A participação do país asiático nas vendas totais do complexo soja saltou de 15,8% em 2002 para 19,5% no ano passado. Em 2003, foram embarcadas 6,1 milhões de toneladas de soja em grão para o mercado chinês, que renderam US$ 1,3 bilhão em divisas.

Segundo Dimarzio, os chineses também têm interesse em realizar investimentos diretos no Brasil, associando-se a empresários do agronegócio para produção de alimentos ou destinando recursos para obras de infra-estrutura e logística.

O ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, informa que a proposta de criação do acordo agrícola entre os dois países foi feita em novembro pelo governo brasileiro. O ministro explica que a China deverá apresentar um aumento da demanda por produtos agrícolas nos próximos 20 anos. Isso seria provocado por um êxodo de 400 milhões de chineses que sairiam do campo para a cidade.

De acordo com Rodrigues, o êxodo resultaria em um crescimento da demanda por água nas áreas urbanas. "Como a agricultura chinesa é fortemente dependente de irrigação, isso pode significar uma mudança de produção agrícola e um crescimento de demanda por alimentos de outros países. Então o Brasil surge como um grande parceiro para atender essa demanda", afirma Rodrigues.