• Fanzine• Sobre CRI• Sobre o Dept.
China Radio International
China
Mundo
  Notícias
  Economia
  Cultura
  Ciência e Tecnologia
  Esporte
  Turismo
  Diplomacia

Repórter

Cultura

Turismo

Sociedade

Etnias

Mundo Lusófono

Culinária
(GMT+08:00) 2004-04-15 11:02:08    
Para um desenvolvimento mais equilibrado

cri

Atualmente, a China se encontra num período muito importante do desenvolvimento econômico, pois no ano passado, o PIB do país aumentou de 9,1%, em comparação com o ano anterior, cujo valor total atingiu 11 trilhões e 670 bilhões de yuans. Segundo a taxa de câmbio vigente, seu índice per cápita do PIB ultrapassou a meta de mil dólares americanos. Tudo isto demonstra que o desenvolvimento econômico de nosso país já entrou num novo patamar.

Perante tal situação, especialistas e economistas chineses consideram ser necessário manter a cabeça lúcida. Eles disseram que o desenvolvimento deve ser um conceito multiforme antes uma cega buscada do Produto Interno Bruto (PIB).

Este novo conceito do desenvolvimento exercerá uma influência transcendental na sociedade chinesa no novo século. Este é o ponto de vista de Hu Angang, diretor do Centro de Estudos da China, Universidade Qinghua. Hu sustenta que tal conceito ajudará a solucionar uma série de problemas sociais. Por exemplo, o fomento do emprego e o aumento da renda dos camponeses lideram as prioridades dos planos de desenvolvimento e será possível adotar novos estandartes para avaliar a eficiência de trabalho dos funcionários governamentais, quem já não podem enfocar maior atenção no índice do PIB.

No distrito de Changxing, província de Zhejiang, leste da China, onde a economia está mais desenvolvida do que outras partes do país, o governo local decidiu em fevereiro que o PIB deste ano deixará de ser indicador para a avaliação do comportamento de seus funcionários.

"Nossa fábrica de cimento e indústria de pilhas, ambas pequenas, arrojavam boa rentabilidade, mas danificaram nosso meio ambiente", disse Lao Hongwu, chefe do distrito. "Esta situação não durará mais, já que estamos dispostos a construir um "distrito ecológico".

Como o distrito de Changxing, outras muitas localidades da China estão reconsiderando o papel do PIB na economia.

Segundo Li Peilin, especialista do Instituto de Sociologia subordinado à Academia Chinesa de Ciências Sociais, os recursos hídricos per cápita são de 2.500 metros cúbicos, o que apenas chega a um quarto do índice médio mundial. O consumo dos recursos minerais e energéticos para o valor da produção por unidade de superfície de terra supera em mais de 15 vezes a média mundial, e a produtividade dos trabalhadores chineses alcança apenas 1/35 da média dos países desenvolvidos.

Nos 15 anos entre 1985 e 2000, foi registrado o rápido desenvolvimento da economia chinesa, com um crescimento anual do PIB em 8,7%. No obstante, descontando os fatores naturais e humanos, tais como o custo de perdas e o déficit ecológico, a "riqueza natural real" foi de apenas 78,2% da nominal durante o período referido.

Segundo Niu Wenyuan, cientista em chefe e dirigente do Grupo de Investigações sobre a Estratégia de Desenvolvimento Sustentável da Academia Chinesa de Ciências Sociais, a China é vulnerável quando ao retorno ecológico se refere, devido a sua deficiência dos recursos naturais per cápita. Uma proporção considerável de seu PIB foi registrada à custa dos benefícios das gerações vindouras.

Ma Zhong, professor da Universidade do Povo Chinês e erudito conhecido em meio ambiente, disse que o PIB é o índice mais importante da tendência econômica. Nos últimos 25 anos, com a alta taxa de crescimento contínuo do PIB, o nível de vida do povo chinês foi elevado grandemente e sua competitividade foi fortalecida na arena internacional. Porém, o cálculo do PIB se baseia unicamente nos produtos e serviços acabados, excluindo o custo dos recursos e meio ambiente. A procura às cegas do crescimento do PIB resultou numa situação sombria nos recursos e meio ambiente do país. Esta prática do desenvolvimento dificilmente pode manter-se a longo prazo.

Nestas circunstâncias, é imprescindível praticar o PIB verde, o qual se refere à parte restante do PIB real depois de deduzir os custos do meio ambiente e recursos e os de proteção dos mesmos. A inclusão dos custos do meio ambiente e recursos no sistema de cálculo da economia nacional impulsionará a virada do modo de incremento extensivo a um de incremento intensivo.

A Administração Estatal de Estatísticas e os departamentos concernentes, junto com a Comissão Estatal de Desenvolvimento e Reforma, a Administração Estatal de Silvicultura e a Administração Estatal de Proteção Ambiental, estão intensificando as investigações sobre o sistema de cálculo do PIB verde, de acordo com as condições nacionais, sistema que permite medir os custos do meio ambiente e recursos gastados no desenvolvimento econômico. A China calculará primeiro o incremento ou diminuição dos recursos naturais, tais como os recursos energéticos, terrestres e minerais.

Em recém-encerrada segunda plenária da 10ª legislatura da Assembleia Popular Nacional (APN), o governo chinês decidiu baixar o índice do crescimento do PIB para este ano para 7%. Ma Kai, presidente da Comissão Estatal de Desenvolvimento e Reforma considerou que a China se esforçará por conseguir progressos sociais. O deputado à APN, Qin Chijiang enfatizou que é uma cifra razoável que revela a disposição da China de deixar de buscar unicamento o PIB e esforçar-se por obter um desenvolvimento integral, coordenado e sustentável.