Em 2003, o índice do crescimento econômico da China foi de 9,1%, cifra esta representando uma velocidade tão alta que muita gente não conseguiu prever.
Com esta velocidade, alguns especialistas e eruditos dentro e fora do país duvidam que a economia chinesa se encontra em super-aquecimento.
Quanto a isso, vamos ouvir o que dizem Yao Jingyuan, porta-voz e economista em chefe da Administração Estatal de Estatísticas da China e Dong Tao, economista regional de Créditos Suisse First Boston.
Em recente entrevista com o porta-voz da Administração Estatal de Estatísticas da China e famoso economista Yao Jingyuan considerou que em seu conjunto, a economia chinesa é sadia, razão pela qual no desenvolvimento econômico chinês, a velocidade e a qualidade são unificadas. Pelos aspectos de investimentos, consumo e exportações, a economia chinesa apresenta uma tendência sadia.
Porém, ele ainda assinalou que apesar das graves calamidades naturais e da epideia Sars, a China conseguiu ter 9,1% de índice de aumento econômico, mas ainda existe um desequilíbrio na estrutura dos setores primário, secundário e terciário e nos domínios de investimento e consumo, bem como entre as cidades e as zonas rurais.
Yao considerou que se não levarmos em consideração tais problemas e resolvê-los com medidas enérgicas, não poderemos manter o crescimento rápido e contínuo da economia chinesa. Agora, precisamos persistir no desenvolvimento econômico total, coordenado e sustentável.
Agora, Yao tem que tratar diariamente grande quantidade de estatísticas, consideradas como seus dados da primeira mão sobre o estudo da economia chinesa.
Por longo tempo, não poucos economistas mundiais tem adotado uma atitude duvidosa quanto a algumas estatísticas chinesas, inclusive do PBI.
Quanto a isso, ele considerou: Nossas estatísticas podem refletir verdadeiramente o desenvolvimento sócio-econômico de nosso país, pois a par com o aprofundamento da reforma e abertura, nosso país vem internacionalizando seu sistema e metodologia de estatísticas. As estatísticas feitas por nosso país foram reconhecidas pelas Nações Unidas, o Banco Mundial e a Fundação Monetária Internacional.
Com o crescimento dos créditos bancários a uma velocidade sem precedentes, e a acumulação de um excesso de fundos em certos setores, alguns analistas internacionais predizeram que a economia chinesa está a bordo de uma inflação incontrolável.
Quanto a isso, como o porta-voz e primeiro economista da Administração Estatal de Estatísticas da China, Yao Jingyuan declarou que que a taxa de inflação da China se mantenha em 3% em 2004. E salientou que a taxa de inflação do país se equilibrará e será impossível chegar a 5%, pronosticado por alguns analistas internacionais.
Alguns deles ainda temem que para evitar a inflação desenfreada, o governo possa elevar as taxas de interesses, afetando em grande medida a economia global.
Não obstante, Dong Tao, economista regional de Créditos Suisse First Boston indicou que o super-aquecimento da economia da China não se deve à demanda de consumo, assim como ao excesso de investimentos.
Ele considerou que quase todos os artigos de consumo estão experimentando a super-capacidade neste momento, pelo que é impossível que surja uma inflação galopante como ocorreu em meados do anos 80 e dos anos 90.
Para ele, o crescimento econômico da China tem tido uma base sólida, que consiste na administração da abundante mão de obra barata e bem preparada, a adequada introdução de investimentos estrangeiros diretos e o enorme mercado de consumo que apoia o desenvolvimento de muitos setores, como o de automóveis, habitações e telecomunicações.
Além disso, a economia da China está vinculada estreitamente com o resto do mundo, já que o comércio exterior representa 60% do PIB do país.
O porta-voz da Administração Estatal de Estatísticas da China, Yao Jingyuan assinaliu que já que a economia global todavia está sob a sombra da deflação, é impossível que a China sofra um aumento da inflação.
No quarto trimestre de 2003, o índice de preços se elevou de 1.8% para3.2%, devido à subida de preços dos alimentos. Segundo Yao, os preços dos alimentos se estabilizarão, devido ao crescimento da produção de cereais.
O economista assinalou que a pressão inflacionista também reflete também o rápido crescimento dos créditos bancários. O Banco Central chinês já adotou medidas para reduzir a velocidade na concessão de créditos nos últimos três meses.
Sem dúvida nenhuma, a eficácia destas medidas todavia necessita de um longo período para ver seus resultados.
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