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(GMT+08:00) 2004-02-12 09:45:03    
China e África: Mais cooperações no Novo Século

cri
Caro ouvinte. Com a inauguração da Segunda Conferência Ministerial do Fórum sobre a Cooperação China-África entre dias 15 e 17 em Adis Abeba, Capital da Etiópia, que enquadra a parceria China-África num mecanismo de cooperação multilateral, o relacionamento entre a China e a África atingirá um novo patamar neste novo século. Neste programa especial, vamos apresentar três reportagens sobre o tema. Hoje, teremos a primeira reportagem sob o título: "China e África, mais cooperações no novo século".

Bom, caros ouvintes, ao meio desta música, vamos entrar na cena China-Africa. Para iniciar, vamos fazer um breve retrospecto sobre os laços entre a China e a África.

B: Mesmo sendo separados pelo Oceano Índico, a China e a África vêm mantendo contatos há muitos séculos. O famoso navegador chinês Zheng He chegou à África em 1405 e iniciou o grande ciclo das navegações antes mesmo que Vasco da Gama e Colombo, repetindo o feito durante várias vezes entre 1405 e 1433. Depois da fundação da nova China em 1949, especialmente na segunda metade do século 20, época em que muitos países africanos se livraram do domínio colonial e conseguiram a independência da nação, as relações da China com esses países conheceram um grande progresso. Na atualidade, a China mantem relações diplomáticas com 46 países africanos, entre os quais, estão os 4 países de expressão portuguesa ( Moçambique, Angola, Cabo Verde e Guiné-Bissau).

A China e a África vêm mantendo uma amizade tradicional com países africanos. Mesmo sendo um país em processo de desenvolvimento, a China sempre acompanhou o progresso da África. O ex-presidente chinês Mao Zedong afirmava: "Na qualidade de um imenso país, a China deve contribuir para a humanidade". Sob tal diretriz, a China cooperou com muitos países africanos. Por outro lado, a China também adquiriu o apoio e a simpatia dos países africanos em muitos assuntos internacionais. Por exemplo, na Assembléia Geral da ONU de 1971 - ocasião da votação da admissão da China pela ONU-, dos 76 países que votaram favoravelmente a causa chinesa, 26 eram africanos. Desde lá, exemplos como este se sucederam ao longo da história.

A fim de consolidar e ampliar este tradicional laço de amizade e cooperação com o Continente africano no limiar deste novo milênio, Beijing foi palco, entre dias 10 e 12 de outubro de 2000, da primeira Conferência Ministerial do Fórum China-África. Naquela ocasião, foram aprovados o "Manifesto de Beijing" e o "Programa do Fórum para a Cooperação do Desenvolvimento Socio-Econômico entre a China e a África". Além disso, a China mantem um mecanismo de consultas permanentes com 24 países africanos. Isto permite a permanente troca de experiências e opiniões entre as partes, de modo que o relacionamento entre a China e a África entrou numa nova fase.

Quanto a isso, o vice-diretor do Grupo de Coordenação da chancelaria chinesa, Wei Jianguo disse:

O governo chinês acompanha a aplicação do programa criado em 2000. Nos últimos 3 anos, com mútuos esforços, obtivemos grandes resultados. Em primeiro lugar, aumentamos a troca de visitas de alto nível. Além disso, a cooperação em assuntos regionais foi reforçada e há uma grande concordância de posições e nos recíprocos apoios em questões que envolvam o cenário internacional.

Durante últimas décadas, a China contribuiu com os países africanos na construção de sua infraestrutura e em muitos outros projetos. Um clássico e monumental exemplo das relações sino-africanas foi a construção da ferroviária que interliga Tanzânia e Zâmbia, pois ela desempenha um grande papel no desenvolvimento econômico daquele Continente. A China ainda contribuiu para a construção de 850 projetos, dos quais, 647 já concluídos.

A África é uma região sujeita a vários tipos de epidemias tropicais. Neste período, a China enviou equipes médicas para muitos países africanos. Além de contribuir para a melhora da qualidade do nível de saúde daquelas nações, os médicos chineses selaram uma profunda amizade com os seus povos. Quanto a isso, o Sr. Zhao Xijie, diretor do Departamento da Cooperação Internacional da província de Sichuan nos apresentou o seguinte:

Ele disse, autorizada pelo governo chinês, a província de Sichuan começou a enviar equipes médicas ao exterior a partir do ano 1976, o primeiro país destinado é Moçambique, depois Cabo Verde, Guiné Bissau, num total de 31 grupos, com um total de mais de 500 médicos chineses.

Na área econômica e comercial, ele afirmou que o valor do comércio bilateral entre China e África no ano 2000 chegava a US$10,6 bilhões. Em 2002, ele saltou para US$12,4 bilhões. Nos primeiros 10 meses deste ano, já atingiu US$14,9 bilhões.

A China não apenas aumentou seus investimentos na África como cumpriu seus compromissos que envolveram a redução ou o perdão de dívidas no valor estimado de RMB$10,5 bilhões, ou seja, US$1,3 bilhão.

O embaixador da China em Moçambique, Chen Duqing, também nos concedeu uma entrevista. Nela, ele relata os laços mantidos entre a China e Moçambique:

A República Popular da China e a República de Moçambique mantêm bom relacionamento desde secúlo passado. A china apoiu a construção

Também, às vésperas do Fórum, o encarregado interino da Embaixada de Angola, Sr. André Panzo nos concedeu uma entrevista, enaltecendo muito a cooperação entre a China e Angola. Ele disse: A realização do Fórum é uma grande oportunidade para os dois lados estreitar a cooperação que a consideramos como uma cooperação exemplar entre Sul e Sul. É de grande importância para todos nos.

Caro ouvinte. China e África, mesmo distantes, a amizade e cooperação permanecem. Estamos com plena confiança que no novo século, estaremos mais próximos nesta aldeia global. Somos velhos amigos, e continuamos sendo amigos do novo século.