O Birô Nacional de Estatísticas da China anunciou hoje (20), numa entrevista coletiva à imprensa, que o PIB chinês cresceu 9,1% em 2003. Foi o maior crescimento do PIB desde 1997. Especialistas prevêem um crescimento do PIB de mais de 7% este ano.
As estatísticas preliminares demonstram que o PIB da China ultrapassou 11,6 trilhões de yuans e o PIB per capita chegou a US$1.090. As reservas de divisas do Tesouro Nacional ultrapassam US$400 bilhões.
Devido à Sars e aos desastres naturais que acometeram a China no ano passado, os setores primários e terciário cresceram menos. O setor secundário cresceu rapidamente. Yao Jingyuan disse que cerca de 80% do aumento econômico da China em 2003 vieram do setor secundário, o que se reveste de suma importância para o progresso econômico chinês. Disse: O crescimento da economia chinesa em 2003 foi puxado pelo crescimento industrial. Dentre o 9,1%, o setor secundário foi responsável por 6,5%. Dentre os 39 principais ramos industriais, a fabril, metalúrgica, mecânica e química cresceram mais de 50%. Isto significa que a indústria chinesa já entrou numa fase vital de desenvolvimento e está se preparando para vôos ainda maiores.
Com o rápido crescimento da economia chinesa em 2003, a China livrou-se radicalmente das influências da crise monetária da Ásia desde 1997, inaugurando seu novo ciclo de progresso econômico. No mesmo ano, o PIB per capita neste país rompeu pela primeira vez a casa de US$1000, o que desempenhará um papel positivo para o desenvolvimento econômico do país. O diretor do Birô Nacional de Estatísticas, Li Deshui, disse: Com o PIB per capita de US$1 mil, a estrutura social de consumo vai conhecer grandes transformações e os carros, pc's e eletrodomésticos de luxo vão entrar nos lares chineses. A demanda por casas, especialmente, a necessidade de melhorar suas atuais condições, aumentam a cada dia. Tudo isso impulsionará a atualização das estruturas industriais.
O funcionário chinês citou o exemplo da produção e comércio automobilísticos neste país. Este ano, a produção e a venda de carros ultrapassaram respectivamente 2 milhões, cifra esta aumentando mais de 80% em comparação com o ano de 2002. No mesmo ano, a China mais de 112 milhões de chineses assinaram novas linhas de telefone, número este que equivale à soma total da população britânica e francesa.
Devido ao rápido crescimento econômico em 2003, o problema sobre o aquecimento econômico despertou a atenção da sociedade. A respeito, Li Deshui disse: Não há o problema do aquecimento geral da ecnomia, mas isso aconteceu em algumas regiões e em setores isolados como, por exemplo, relaxamento do crédito bancário, o ressurgimento de repetição de projetos e agravamento das contradições estruturais etc.
Segundo Li Deshui, o governo chinês está ciente dos problemas existentes e tem adotado uma série de medidas na esperança de guiar o mercado para um caminho de desenvolvimento coordenado e sustentável.
Sob as diversas influências, a velocidade do aumento econômico da China poderá se desacelerar no primeiro trimestre de 2004, previu Li Deshui. Mas, em todo o ano, a economia crescerá rapidamente, disse Li. Segundo ele, em 2004, o governo chinês manterá a continuidade de sua política macroeconômica, persistindo na política financeira ativa e na política monetária estável, e o ambiente para o investimento e as infraestruturas serão melhoradas, tudo isso garantirá o crescimento da economia chinesa a passos largos. Além disso, a retomada do crescimento da economia mundial desde o segundo semestre do ano passado favorecerá também o aumento econômico da China.
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