É totalmente possível que a China mantenha um índice de crescimento de 7 a 8% durante cerca de meio século (desde o final dos anos 1970 até a década de 2020), prognosticou Li Deyong, presidente da Administração Estatal de Estatísticas no Fórum de Crescimento Econômico da China de 2003, celebrado há pouco em Suzhou.
Li disse: ainda que a história do desenvolvimento econômico do mundo não tenha tal precedente, a China já possui uma base material bastante forte e tem um enorme potencial de desenvolvimento, tem uma estratégia de desenvolvimento adequada à realidade, e o governo acumulou ricas experiências de controle e reajuste macroscópico, tendo encontrado um caminho de desenvolvimento socialista com peculiaridades próprias.
Por outro lado, o país possui um ambiente de desenvolvimento econômico estável, e sobre a base da síntese total das experiências estabeleceu um novo conceito para o desenvolvimento. Assinalou que sob a orientação deste conceito, a China eliminará gradualmente o fenômeno do desequilíbrio e falta de coordenação no futuro processo de desenvolvimento, e dessa forma elevará efetivamente a qualidade dos resultados do crescimento econômico, com o fim de manter um crescimento duradouro, estável, são e acelerado.
Nos próximos 15 a 20 anos a economia chinesa ainda poderá manter um crescimento seguro e relativamente rápido, opinam também muitos especialistas estrangeiros.
O Sr. Klein, professor da Universidade da Pensilvânia e Prêmio Nobel de economia, disse: "desde a introdução das cifras estatísticas, nenhum país teve um crescimento rápido por quarenta anos, porém a China terá a oportunidade de manter um crescimento rápido nos 20 anos vindouros ainda que sua economia tenha se desenvolvido com celeridade nos últimos 20 anos". Entretanto, ressalvou que o ritmo de crescimento poderá variar um pouco, e que devido ao fator da competição internacional, este ritmo poderia ser de 6 a 7% em alguns anos e não de 8 a 10%.
Hu Zuliu, economista chefe da Goldman Sachs (Ásia) Ltda., também mostra otimismo sobre a economia chinesa no longo e médio prazo. "Esta economia possui alguns fatores básicos para manter um crescimento rápido durante um longo período", afirmou. Primeiro, o PIB da China per capita acabou de alcançar mil dólares, calculando segundo a taxa de câmbio, e de 4000 a 6000 dólares se calculado segundo a capacidade aquisitiva, pelo que se estima que existe um grande espaço para alcançar os países desenvolvidos. Segundo, o crescimento da economia chinesa se apóia principalmente no impulso que vem da demanda interna, e devido ao fato de que a alta taxa de investimentos tem por respaldo uma elevada taxa de poupança, a construção da infraestrutura, a renovação e transformação dos equipamentos e o consumo de bens impulsionará o aumento dos investimentos durante um londo período. Terceiro, a mão de obra da China é abundante e seu custo é barato. Quarto, o Governo chinês acumulou grande experiência nas questões de controle e reajuste macroeconômico, tanto que suas políticas fiscal e monetária, prudentes e eficazes, proporcionam um bom ambiente de macropolítica. Quinto, depois do acesso do país à OMC, sua economia tem uma característica cada vez mais marcada de orientação ao exterior, o que favorece a otimização da distribuição dos recursos e a elevação das forças produtivas.
Hu estimou que o crescimento das forças produtivas substituirá a acumulação de capital como força motriz do desenvolvimento da economia chinesa nos próximos 20 anos.
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