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(GMT+08:00) 2004-01-05 20:41:10    
Ateliê das Cem Artes

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Beijing inaugurou recentemente, no bairro de Chongwen, um centro para a difusão de artesanato e arte folclórica chinesa. De fato, ele é museu um pouco diferente dos tradicionais. Lá, pode-se encontrar diversos tipos de artesanatos sob a ameaça de extinção, compreender sua natureza e apreender muito sobre a cultura popular.

Os nichos são coordenados por mestres nacionalmente reconhecidos. Assim, além do magnífico acervo em exposição, os visitantes interessados em dominar os segredos do processo de produção dos objetos, telas, tecidos e obras de arte de outras natureza podem se inscrever para diversos tipos de cursos. Além disso, os visitantes ainda podem comprá-los diretamente dos artistas. O Museu se chama Bai Gong Fang.

Na tradução literal, Bai Gong Fang significa "Ateliê das Cem Artes". Desde o período dos Três Reinos no século 3, o "Ateliê das Cem Artes" era o nome geral concedido para designar todos os setores artesanais, cujo significado é mantido até hoje. O secretário-geral da Associação em prol dos Artesanatos e Belas Artes de Beijing, Zhu Hong, falou sobre o Museu:

"Beijing possui 850 anos de história como capital chinesa. Todas as dinastias recrutavam os hábeis artesãos de todos os cantos do País, transformando Beijing num grande centro artístico e cultural. Nos últimos anos, com a mudança do modo de vida em Beijing e o desenvolvimento social, econômico e tecnológico, o artesanato chinês está enfrentando sérias dificuldades. Para resolver este problema, a Associação decidiu criar uma "base" para proteger as artes tradicionais. A proposta foi prontamente aceita pelo governo municipal. Portanto, após o financiamento municipal e da Empresa de Artesanatos de Beijing, conseguimos fundar o Ateliê das Cem Artes".

Os antigos moradores de Beijing adoravam criar passarinhos e costumavam colocar suas gaiolas na fachada de suas casas. De fato, isso faz parte de uma instalação criada para os antigos maqueteiros de Beijing. No Ateliê das Cem Artes, vê-se uma destas obras de arte. Um antigo edifício de três andares foi reproduzido em escala 1:100. As portas vermelhas, os tijolos cinzentos, o telhado preto e as antigas calçadas da velha Beijing.

O gerente-geral da Empresa de Artesanatos de Beijing, Chen Taoling, afirmou:

"O Museu e o Ateliê ocupam uma área de 420 mil metros quadrados e coletaram mais de 170 mil obras de importantes mestres nacionais. Temos aqui mais de 200 tipos de obras de arte ou artesanato. Elas estão divididas em 3 categorias: Arte Popular, Arte Imperial e Arte Moderna. Temos trabalhos que vão desde as esculturas em jade até os recortes em papéis. No entanto, todos os mestres que trabalham aqui são obrigados a admitir um aluno, a fim de que suas técnicas perpetuem-se de geração em geração. Todos os que queiram participar das atividades do Museu e ingressar no Ateliê têm que se reconhecidos pela Associação. Os mestres com reconhecimento nacional se hospedam e trabalham gratuitamente aqui. Obviamente, queremos que haja uma sadia concorrência entre todos. Por isso, escolhemos dois mestres para cada tipo de arte, que tem a incumbência e a obrigação de representar sua arte".

O primeiro nicho é dedicar aos trabalhos em seda. As bonecas em seda são muito bonitas e vívidas como as jovens chinesas antigas. Mestre Hua sobrevive há mais de 30 anos desta arte e falou um pouco sobre ela:

"A arte em seda é muito antiga. Ela possui diversas formas de expressão e se manifesta em bonecas, flores, papagaios e lanternas. Seu uso vai muito além das roupas, decoração ou enfeites caseiros. Gostaria, e muito, de difundir esta milenar arte popular chinesa para todo o mundo e que as pessoas de outras nacionalidades viessem conhecer a nossa cultura."

Obviamente que ao falar sobre qualquer tipo de arte tradicional chinesa, não se pode deixar de abordar o cloisoné. Zhang Tonglu, um dos mais conhecidos e antigos mestres chineses falou sobre esta arte:

"A arte não tem fronteira. Com meu trabalho em Bai Gong Fang, posso me comunicar com outros mestres, doutores ou pessoas simples em todas as partes do mundo. Mas, também posso aprender ainda mais com eles e remediar minhas próprias debilidades. Aqui, tenho um amplo espaço para criar ou pensar. O Ateliê proporciona-me um ótimo ambiente de trabalho e oferece excelentes condições para me desenvolver. Muitos artistas e obras ficaram espalhados por todos os cantos do país durante muitos anos. Mas, o Ateliê conseguiu concentrar um pouco de todos aqui. Por isso, nossa cultura pode ser valorizada ou transmitida."

Li Aoer, uma jovem que veio ao Museu a fim de integrar o nicho de um mestre em esculturas de barro, disse:

"Desde pequena, sou vidrada em esculturas de barro e já foi premiada na escola. Quero aprender mais e desenvolver minha técnica e aqui estou para falar com o mestre."

O desenvolvimento contínuo das artes tradicionais requer a participação de jovens, e formar jovens mestres é um trabalho premente para a preservação destas artes. Neste sentido, o Ateliê de Cem Artes serve também de uma escola, além de suas funções como museu, como centro comercial e como fábrica.

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