Caro ouvinte. Com o fórum China-África em Adis-Abeba, nós continuaremos apresentando programa especial com a segunda reportagem intitulada "China e o múndo lusófono africano, amizade e cooperação". Fique atento, votamos já.
Caro ouvinte. A fim de levar até você maiores informações sobre os laços de amizade entre os chineses e africanos, principalmente de expressão portuguesa, abordaremos o tema "China e mundo lusófono africano, amizade e cooperação".
Como tinhamos apresentado na reportagem anterior, a China mantem agora relações diplomáticas com 4 países lusofónicos africanos. Eles são Angola, Cabo Verde, Guiné Bissau e Moçambique, ao mesmo tempo, com cooperações econômicas e parcerias em diversos projetos com mais países lusofonos africanos.
Como maior país lusofono da África, Moçambique estabeleceu suas relações diplomáticas com a China desde 1975. Com isso, os dois países vêm mantendo cooperações.
O embaixador da China em Moçambique, Chen Duqing, gentilmente nos concedeu uma entrevista e apresentou um perfil dos laços entre sino-moçambicanos. Ouça, agora, suas palavras. Ele revelou que desde que ele chegou a Moçambique, trabalhou para estreitar os laços e trocar visitas entre alto nível dos dois países. Já fizeram mais de dez visitas de alto nível, com o que aumentaram a amizade e cooperação entre os dois países.
Quanto ao futuro dessa cooperação, ele disse estar muito confiante com a promissora cooperação, pois tem grandes forças latentes.
China e Angola também vêm mantendo boas relações. A China apoiou Angola na construção do país, enquanto Angola apoiou a China em muitos assuntos internacionais.
O encarregado interino da embaixada de Angola em Beijing, Sr. André Panzo nos apresentou o seguinte:
Ele vê com bons olhos a cooperação.
Com cooperações e projetos entre o govêrno chinês e governos de países africanos, muitos chineses foram a África. Ao compor esta reportagem minha, felizmente consegui convidar uma médica anestesista da província de Sichuan, Sra. Wang Kairong, quem trabalhou dois anos na Guiné Bissau entre 2000 e 2002.
Mesmo trabalhando fora de sua terra natal e num ambiente completamente diferente, ela gostou da experiência. Numa conversa, ela me contou o seguinte:
Ela disse que integrava a equipe médica chinesa que trabalhou no hospital Simão Mendes, em Bissau. Não foi fácil permanecer dois anos na África, longe da China e em condições muito adversas. Porém, diante das carências e necessidades locais, que necessitava de quadros médicos e acumulava muitos doentes a espera de tratamento médico, ela mergulhou de cabeça no seu trabalho, esqueceu de muitas outras coisas e aproximou-se ainda mais dos africanos.
Ela nos contou um pouco sobre o seu cotidiano:
Às vezes, tanto faz se de madrugada ou logo depois da volta do trabalho, assim que era chamada, estava pronta para retornar ao hospital ou para enfrentar os desafios de uma mesa cirúrgica. A fim de facilitar a comunicação e melhorar a qualidade de seu trabalho, muitos médicos chineses passaram a estudar português.
Wang Kairong nos disse que graças a isso e ao uso do recurso dos gestos, em diferentes ocasiões, ela pode atender sozinha vários pacientes.
O pessoal médico é assim, os funcionários da equipe também tiveram mesmas histórias.
De Maputo, Moçambique, a interprete da equipe médica, a moça Jingyi me contou o seguinte: Gostou do trabalho, fez amizade com colegas moçambicanos, mesmo com dificuldades, está acompanhando bem o trabalho da equipe.
Os médicos chinêses trabalharam em países africanos, principalmente em países de expressão portuguesa conheceram experiências de todo o sabor. Eles superaram muitas dificuldades.
O diretor do Departamento da Cooperação Internacional da província de Sichuan, Zhao Xijie, me contou:
Como médicos chineses não têm muitas experiências no tratamento de dengue, doença tropical muito comum. Na fase de propagação da doença, um cozinheiro pegou a doença, depois vários outros pegaram doença. Mas, o cozinheiro não conseguiu escapar da morte. Outra doença é malária, mesmo tendo muitos cuidados, a malária invade sem piedade os médicos chineses. Ele disse que uma vez, quase a maioria do grupo médico chines foi atingido. Mas, ninguem recuou diante de tal situação.
Ele ainda nos contou uma história.
Uma vez, o grupo médico chines que voltava de uma missão para sua cidade, encontrou com um acidente de transito, vendo pessoas gravemente feridos, carros capotados, eles lançaram-se prontamente para o resgate. Depois de várias horas de trabalho, os feridos foram preliminarmente tratados e encaminhados aos hospitais próximos. Foi assim salvou vidas de alguns gravemente feridos.
Salvar a vida, é missão dos médicos, mas com tudo isso eles selaram uma amizade também com nossos amigos africanos.
Caro ouvinte. Ao terminar nossa segunda reportagem China-Africa, ainda dizemos que mesmo distantes, a amizade e cooperação permanecem. Somos velhos amigos e continuaremos sendo amigos no novo século.
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