O pacote da comemoração divide-se em quatro séries abrangendo principalmente 18 programas. As quatro séries são de comemorativos, culturais, de divulgação e acadêmica.

Na série de comemoração, destacam-se a exposição dos objetos históricos da capital do período Jin, a exposição da história de Beijing como capital do país, a exposição da antiga Beijing, etc.

Na série cultural, foram inauguradas no dia 20 em vários museus e galerias a grande Exposição Bienal Internacional de Artes de 2003 e a temporada internacional de teatros. Em outubro, serão iniciados o 6º Festival Internacional de Turismo e um Concurso de Fotografias de Beijing, além do espetáculo dedicado aos 850 anos de Beijing como capital.

Na série de divulgação, iniciou-se dia 21 um concurso com o título Nossa Cidade, a TV de Beijing vai lançar uma série de 30 capítulos sob o título Mudanças de Beijing e outra, também de 30 capítulos temáticos com o título "Descobertas em Beijing".

E na série acadêmica, será realizado um seminário internacional e serão publicados o Álbum da capital do Jin, o Relatório sobre as novas descobertas arqueológicas das ruínas do Liao e Jin, assim como uma Coletânea de dissertações comemorativo aos 850 anos da história da capital Beijing.

A comemoração parece um convite para que revermos o caminho pelo que a cidade passava nos oito e meio séculos através dos fragmentos de sua história. As atividades comemorativas possibilitam aos cidadãos de todo o País, bem como aos turistas estrangeiros uma oportunidade ímpar de conhecer melhor Beijing, a capital do país.

Na Cidade Proibida, hoje o Museu do Palácio Imperial, e o Templo do Céu e muitas outras relíquias históricas de Beijing, pessoas que cheguem aqui, podem conhecer a beleza das construções arquitetônicas de Beijing, como capital das dinastias Ming e Qing, as últimas duas dinastias feudais chinesas, e sentir o acentuado ambiente da cultura da capital antiga. Mas, sobre os tempos mais remotos da história, quase não existem provas tangíveis, restando-se apenas algumas ruínas, trechos desmoronados de muralhas antigas e tumbas subterrâneas. Felizmente, a história jamais se extingue junto com o desmoronamento das construções antigas.

Quanto à história de Beijing, nos períodos da Primavera e Outono e dos Reinos Combatentes, que datam a mais de três mil anos atrás, Beijing era chamada de Ji, capital do reino Yan, que era um feudo ao invés de um regime que controlava todo o território chinês. Na dinastia Liao, ela chamava-se de Nanjing, que significa na tradução literal a "capital do sul". Era uma das várias capitais secundárias da dinastia.

No ano de 1153, 850 anos atrás, o rei dos Jin tomou a cidade, que se chamava Nanjing ou Yanjing, capital secundária da dinastia Liao, dinastia fundada pelos Liao, mudou seu nome para Zhongdu e adotou a cidade como capital. Quer dizer, só depois do Jin, a cidade tornou-se pela primeira um centro político do país.

A cidade chamada de Zhongdu, capital dos Jin é a atual Beijing.

O imperador dos Jin, Wanyan Liang, mandou reestruturar a cidade tomando o atual Palácio de Inverno, ou Beihai, como centro. Desde o período, Beijing estava habilitada para ser a capital do país e nos 850 anos posteriores, a história da cidade relaciona-se cada vez mais com todas as sortes da China.

Apesar de alguns períodos em que Beijing não era a capital do país, ela, na sua maior parte do tempo após a dinastia Jin, é sempre a mais importante cidade chinesa e reflete a prosperidade e a decadência do país e da nação chinesa. Os 850 anos de história não só estão registrados nos anais históricos, como ainda estão gravados na vida e na cultura da cidade condenando-se como caracteres singulares desta grande cidade.

Uma pessoa, uma cidade ou até um país sente a necessidade de rever a sua história, pois isso é essencial para o desenvolvimento. Beijing está enfrentando um período importantíssimo na história. Oportunidades e desafios coexistem aqui. O retrospecto da história pode ajudá-lo a examinar ou ordenar suas experiências positivas e negativas para conhecer o seu status quo e tomá-lo como o ponto de partida para o desenvolvimento futuro, com a maior precisão e a maior clareza.

Hoje é impossível encontrar a antiga cidade íntegra depois de prolongados anos cheios de vicissitudes. Apesar disso, a alma da cidade, junto com seu fascínio, permanece e está embebendo-se na cultura da metrópole, vivendo tácita e persistentemente com a cidade e seus habitantes e formando o fundo da cultura nitidamente sentida junto com as relíquias existentes pela cidade. Os estudos e os esforços da recuperação e preservação das relíquias, ruínas e sistemas hídricos, nos últimos anos, fazem reaparecer pouco a pouco o antigo contorno da antiga Beijing. Metrópole moderna e capital antiga, esta é uma das principais características de Beijing e o ponto de partida para o progresso futuro, em que se baseiam os compromissos e os objetivos de "Nova Beijing, Grande Olimpíada" e todos os programas do grande metrópole internacional e moderno.

Neste sentido e neste momento especial, o retrospecto da história de Beijing, uma cidade que se muda dia a dia e está ciente da necessidade dessa mudança, reveste-se de suma importância. As glórias e orgulhos e os erros e falhas, revistos com lucidez e razão, enriquecerão a cultura da cidade e mostrarão seus valores insubstituíveis e incalculáveis para o seu próprio futuro.

As comemorações têm ainda sua importância em outro aspecto. Mas, não é contraditório com o seu objetivo principal. Quanto a um assunto, por exemplo, um filme, ou um livro, somente conhecendo, posso dizer se gosto ou não dele. E acho que a razão também cabe a uma cidade. Quanto mais a conhecemos, mais a amamos mais. Por isso, as comemorações também podem ser vistas como uma campanha de promoção de Beijing, ou uma campanha de instrução a seus habitantes sobre a sua história.