Uma mudança na posição da Otan sobre a Ucrânia?
Em coletiva de imprensa realizada em Helsinque no último domingo (12), o secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, afirmou: "A paz é possível na Ucrânia, a única questão é saber qual é o preço e quanto território, soberania e independência você está disposto a pagar por essa paz."
Feita antes da próxima cúpula da Otan, prevista para o fim deste mês em Madri, a declaração de Stoltenberg foi interpretada como uma possível mudança na política da organização em relação à Ucrânia.
A Otan desempenhou um papel inglório na crise no país do leste europeu. Primeiro, arrastou constantemente e encorajou a Ucrânia a aderir à organização, reduzindo assim a margem de manobra da Rússia para a sobrevivência e prejudicando os interesses de segurança russos. Segundo, a Otan continuou a alimentar o conflito, depois da sua eclosão, enfraquecendo ainda mais a Rússia.
Sob a manipulação da organização, a Ucrânia se tornou a maior vítima, provocando uma séria contestação sobre a estrutura de segurança europeia. Que direção a Europa deve escolher? Continuar unida confrontando o governo russo? Ou contribuir para a paz entre a Rússia e a Ucrânia o mais rápido possível? A Europa está em uma encruzilhada e precisa tomar uma decisão crítica.
tradução: Shi Liang
revisão: Patrícia Comunello