Acadêmicos brasileiros criticam natureza hipócrita da democracia americana

Os acadêmicos do Brasil Diego Pautasso e Issis Paris Maia publicaram em conjunto no site outraspalavras.net o artigo “Polêmica: será herético falar em democracia chinesa?”. O texto apresenta ideias e conquistas da democracia popular de todo o processo na China, expondo o caos e a hipocrisia da democracia ao estilo americano. Ressalta-se que a democracia não é exclusividade do Ocidente. A democracia ao estilo dos EUA não pode ser chamada de exemplo. O sistema democrático com características chinesas é a garantia para um país obter grandes conquistas de desenvolvimento. Portanto, uma má interpretação da China demonstra a arrogância estreita do Ocidente.

Segundo o artigo, os EUA, um modelo do chamado “país democrático”, contam com baixa participação e organização política. Apenas pouco mais de 50% da população com idade de votar participa das eleições. Em um jogo político-eleitoral marcadamente plutocrático, as eleições nos EUA são altamente politizadas. Quanta legitimidade e credibilidade existe?

Por outro lado, as reformas políticas desempenham um papel decisivo no desenvolvimento econômico e social chinês. “O aprimoramento dos arranjos institucionais da China tem ocorrido justamente em uma função do Partido Comunista da China (PCCh), que tem grande capacidade de adaptação às mudanças e demandas sociais, um sofisticado mecanismo de recrutamento das suas elites, e, com efeito, implementam políticas com expressiva legitimidade e aderência”, diz o artigo.

Os dois estudiosos brasileiros salientam que o mundo está em franco processo de transformação. “O excesso de autoconfiança dos Estados Unidos e da Europa pode trair seu entendimento sobre seus sistemas sócio-políticos e sobre o mundo. A certeza da superioridade, sobretudo dos modelos político-institucionais, cega; pior, impede que se enxergue as contradições e, mais ainda, a força de inovações em outros quadrantes. A roda da história não espera”, comentou o artigo.

Tradução: Zhao Yan

Revisão: Diego Goulart