Início de 2021 vê tendência geral de alta na situação da COVID-19, diz funcionário da OMS
Após duas semanas de relatos mais baixos no final de 2020, provavelmente devido ao período de férias, uma tendência geral de aumento do surto da COVID-19 foi observada nas primeiras semanas de 2021, disse um alto funcionário da Organização Mundial da Saúde (OMS) na segunda-feira.
Mike Ryan, diretor executivo do Programa de Emergências de Saúde da OMS, disse na 148ª sessão em andamento do Conselho Executivo da OMS que cerca de 5 milhões de casos de COVID-19 foram notificados na semana passada em todo o mundo.
O número de novas mortes também mostrou uma tendência semelhante, com mais de 93 mil mortes relatadas na semana passada, e é provável que o número chegue a 100 mil por semana muito em breve, disse ele.
Globalmente, até às 14h55 CET (1355 GMT) da segunda-feira, houve 93.611.355 casos confirmados de COVID-19, incluindo 2.022.405 mortes, relatados à OMS.
De acordo com Ryan, embora quase 84% das mortes terem ocorrido em pessoas com mais de 65 anos, é importante notar que cerca de 16% de todas as mortes ocorreram entre pessoas com idade entre 25 e 64 anos.
O responsável da OMS disse ainda que quanto mais casos um país tiver, maior será o impacto da mortalidade na população do país.
"Portanto, nesse sentido, as estratégias anteriores de imunidade de rebanho, por infecção em massa ao invés de vacinação em massa, levarão a alta incidência e alta mortalidade", disse ele.
No momento em que o mundo luta para conter a pandemia, a vacinação está em andamento em alguns países com as vacinas contra o coronavírus já autorizadas.
Enquanto isso, 237 vacinas candidatas ainda estão sendo desenvolvidas em todo o mundo - 64 delas em testes clínicos - em países como Alemanha, China, Rússia, Grã-Bretanha e Estados Unidos, de acordo com informações divulgadas pela OMS em 15 de janeiro.