Estado brasileiro do Amazonas decreta toque de recolher após colapso sanitário causado pela COVID-19

Fonte: Xinhua Published: 2021-01-15 21:22:35
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O governador do estado do Amazonas (norte do Brasil), que vive atualmente uma explosão de casos e mortes pela doença do novo coronavírus (COVID-19), decretou toque de recolher a partir desta quinta-feira nas ruas da capital Manaus, entre às 19 horas e 6 horas da manhã e a suspensão de todas as atividades econômicas exceto as essenciais para a vida.

Em entrevista à imprensa, o governador Wilson Lima disse que a medida passou a valer a partir de quinta-feira e perdurará até que a situação melhore.

O decreto do governo amazonense também suspendeu o transporte coletivo de passageiros em estradas e nos rios, mantendo apenas o transporte de cargas.

"Ampliaremos algumas medidas de restrição. São medidas necessárias neste momento e, embora possam parecer duras para alguns, visam acima de tudo a proteção da vida das pessoas", afirmou Lima.

Um dos epicentros da primeira onda da COVID-19 no país, o estado do Amazonas vem registrando um grande aumento de casos nas últimas semanas que provocou um colapso sanitário e nos cemitérios.

Nas últimas horas, imagens de hospitais abarrotados de pacientes e de médicos e familiares de doentes transportando cilindros de oxigênio em seus próprios veículos devido à falta dos mesmos nos centros de saúde causaram um grande choque e indignação no Brasil.

Principal fornecedora de oxigênio do governo do estado do Amazonas, a White Martins informou que a demanda aumentou cinco vezes nos últimos 15 dias, alcançando um volume de 70 mil metros cúbicos diários, quase o triplo da capacidade de produção da unidade da empresa em Manaus, que é de 25 mil metros cúbicos por dia.

A White Martins disse ter identificado a disponibilidade do produto em suas operações na Venezuela e que "está atuando para viabilizar a importação do produto para a região".

À noite, o chanceler da Venezuela, Jorge Arreaza, disse no Twitter que colocou imediatamente oxigênio à disposição do Amazonas. Arreaza informou ter conversado com o governador Wilson Lima a pedido do presidente Nicolás Maduro. "O povo do Amazonas agradece", respondeu Lima, também pela rede social.

Por sua vez, dois voos da Força Aérea Brasileira (FAB) com cilindros de oxigênio decolaram de Guarulhos (SP) em direção a Manaus e são esperados na madrugada desta sexta-feira.

Além disso, para amenizar a lotação dos hospitais, o governo local anunciou que 235 pacientes internados com COVID-19 começaram a ser enviados para outros estados brasileiros.

Manaus já registrou nessa primeira metade de janeiro mais de 2.200 internações por COVID-19, superando o recorde mensal desde a chegada da pandemia no país. A cifra é mais alta do que todas de internações registradas em todo o mês de abril, quando houve um pico da COVID-19 no estado.

Com os números desta quinta-feira, o total de casos confirmados da doença chega a 223.360 em todo o estado, segundo dados do boletim divulgado pela Fundação de Vigilância em Saúde (FVS). O número de mortes subiu para 5.930, com mais 51 mortes causadas pela doença.

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