Comentário: Acordo de Investimento China-UE está no momento oportuno
Em conversa telefônica com a chanceler alemã, Angela Merkel, no dia 24, o presidente chinês, Xi Jinping, manifestou a vontade da parte chinesa de dialogar estreitamente com a União Europeia sobre importantes assuntos, de forma a promover a conclusão das negociações sobre o Acordo de Investimento China-UE e injetar novo ímpeto à parceria sino-europeia nas novas circunstâncias. O mesmo tema também foi abordado em uma conversa telefônica entre o conselheiro de Estado e chanceler chinês, Wang Yi, e o chefe da diplomacia e segurança da UE, Josep Borrell Fontelles, no dia 23. Tudo isso indica que a China e a União Europeia estão quase fechando este acordo.
Desde 2013, já foram realizadas 34 rodadas de negociações sobre o Acordo de Investimento China-UE. Em setembro, os líderes de ambos os lados confirmaram em uma reunião virtual a meta de conclusão do acordo neste ano.
Atualmente a China e a Europa são regiões com o melhor desenvolvimento econômico, a mais ampla perspectiva de cooperação e o maior número de consumidores. O Acordo de Investimento China-UE impulsionará a parceria estratégica sino-europeia e o crescimento da economia mundial, estagnado por muito tempo.
Entretanto, temos que reconhecer o fato de que o investimento chinês na Europa registrou quedas anuais desde 2017, devido à ascensão do protecionismo comercial, política conservadora e revisão de segurança de investimento estrangeiro cada vez mais rigoroso da União Europeia para os fundos chineses. Para mudar a situação, é preciso um ambiente de negócio justo, imparcial, aberto e não discriminatório no mercado europeu. Neste contexto, o Acordo de Investimento China-UE está no momento certo.
A Comissão Europeia prevê uma recessão de 7,8% na zona do euro neste ano. A presidente do Banco Central Europeu, Christine Lagarde, alertou que a pandemia causou uma recessão econômica extraordinária na zona do euro e afetará a recuperação econômica. Nesta situação, a ligação com outras economias fora do mercado europeu e a atração de investimentos serão o principal objetivo para muitos países europeus.
No dia 15, a Parceria Econômica Regional Abrangente (RCEP) foi assinada por 15 países membros, o que marcou o início da zona de livre comércio com a maior população, o maior volume econômico e a maior potencialidade de desenvolvimento do mundo. No mesmo dia, o jornal alemão Handelsblatt publicou um comentário, dizendo que, para aproveitar a grande oportunidade criada pela RCEP, a maneira mais conveniente para a Europa é assinar o Acordo de Investimento China-UE o mais rápido possível.
Tradução: Xia Ren
Revisão: Diego Goulart