Tendência de desenvolvimento global e cooperação China-África diante da pandemia
Devido ao impacto da pandemia de Covid-19, todo o mundo está enfrentando um desafio econômico sem precedentes. Essa crise global da saúde pública afetou seriamente a economia, finanças, produção social e vida das pessoas, causando impactos e efeitos negativos incalculáveis.
Os mais afetados pela epidemia são os setores intimamente relacionados à globalização, incluindo a manufatura, serviços, petróleo, aviação, transporte terrestre e marítimo, turismo e setor de restaurantes. No aspecto macroeconômico, o Produto Interno Bruto (PIB) de todas as economias tende a cair. Prevê-se que o volume econômico global terá uma redução de 3%, enquanto os países africanos deverão ter uma perda econômica de 4%. Os índices importantes para avaliar a estabilidade social, como os deficits de finanças públicas, inflação e taxas de desemprego e de pobreza, também enfrentarão grandes desafios.
Além disso, as medidas de isolamento social também reduziram a mobilidade da população, mercadorias e capitais e interromperam completamente a vida social. Por outro lado, a posição importante da China no processo de globalização é mais destacada nesta crise global de saúde pública. O valor agregado da indústria manufatureira chinesa ocupa 30% do total global, sendo uma presença importante na cadeia de suprimentos e no mercado de commodities. Nas áreas de mercadorias, serviço comercial, fluxos de capital e transferência de tecnologia, a China também já se tornou o parceiro mais importante da África.
Nesta crise global de saúde pública, a China mostra suficientemente ao mundo suas vantagens no sistema político e modelo de governança, que dependem do mecanismo de estado avançado e da liderança com espírito transformador. Para apoiar outros países no combate à epidemia, o governo chinês compartilhou ativamente suas experiências na prevenção de controle de doença e no tratamento de pacientes, além de enviar equipes médicas e fornecer assistência financeira ou de suprimentos.
Na abertura da 73ª Assembleia Mundial da Saúde, o presidente chinês Xi Jinping declarou que vai reforçar o apoio aos países mais afetados pela epidemia. Segundo o líder chinês, assim que a vacina contra o novo coronavírus, desenvolvida pela China, estiver concluída e aplicada, ela será disponibilizada como um produto público global. Isso visa contribuir para garantir a disponibilidade e acessibilidade de vacinas aos países em desenvolvimento.
(Autor: Moustapha Kassé, decano honorário da Faculdade de Economia e Gestão da Universidade Cheikh Anta Diop, Senegal; vencedor das medalhas nacional e da honra acadêmica)
Tradução: Zhao Yan
Edição: Diego Goulart