Embaixador chinês refuta “ameaça da Huawei” no jornal britânico
O embaixador chinês no Reino Unido, Liu Xiaoming, publicou nesse domingo (27) no jornal The Sunday Telegraph o artigo intitulado “Não escute os alarmistas - Huawei não é ameaça à segurança da Grã-Bretanha”.
O diplomata chinês lembrou que recentemente parece ter uma fúria para governos e mídia do Ocidente que acusarem a empresa chinesa Huawei de “ameaça à segurança”. Alguns países até proíbem esta companhia de telecomunicações de acesso ao mercado. No entanto, tais acusações são infundadas e enganosas. Se não forem controladas, as calúnias poderão prejudicar as cooperações empresariais, causar incertezas e instabilidade na economia mundial. Como embaixador, escreveu Liu Xiaoming, ele tem o melhor argumento para refutar a injúria.
Em primeiro lugar, o sucesso de Huawei no Reino Unido serve como modelo clássico para cooperação de benefício mútuo. Nos últimos cinco anos, a Huawei UK deu uma importante contribuição para o progresso econômico e social do país anfitrião, levando £2 bilhões para Reino Unido através de investimento e aquisição e criando, ainda, 7.500 empregos. Nesse processo, a própria empresa se adaptou aos padrões internacionais e expandiu seu alcance global.
A Huawei tem coordenado seu investimento conforme o planejamento do Reino Unido em relação ao desenvolvimento da indústria de tecnologias a longo prazo. O embaixador chinês apontou que o Reino Unido possui tradição de abertura e inclusão, à qual se deve a sua vitalidade econômica e social. Ele acredita que os britânicos se manterão abertos e inclusivos e recusarão o confronto e a mentalidade de “guerra fria”. Assim o Reino Unido pode garantir vantagem competitiva na nova rodada de revolução tecnológica.
A companhia chinesa é apoiadora do futuro desenvolvimento econômico da Grã-Bretanha, comprometendo-se com £3 bilhões para fazer investimento e aquisição nos próximos cinco anos. No contexto de Brexit, a Huawei deu um voto de confiança nas perspectivas econômicas do Reino Unido. Se contar com apoio da empresa chinesa, porém, os britânicos devem oferecer um ambiente de negócios justo e não discriminatório para a Huawei ou para outros investidores.
Por último, segurança cibernética consiste um desafio global. A Huawei dedica-se incansavelmente no fornecimento de soluções para combater ameaça cibernética. Como por exemplo, tomou a iniciativa de criar Centro de Avaliação de Segurança Cibernética mesmo no Reino Unido e cooperou com as instituições britânicas para melhorar as tecnologias concernentes. Liu Xiaoming reiterou que o governo chinês nunca apoia roubo cibernético de qualquer empresa, acrescentando que a própria Huawei mantém um bom histórico em termos de segurança cibernética e não há registro de nenhuma evidência de que a empresa tenha feito alguma coisa para prejudicar segurança nacional de qualquer país.
O embaixador chinês finalizou destacando que o Reino Unido é um país com influência global. A discriminação contra empresas estrangeiras com desculpa de “segurança nacional” apenas danifica a imagem e interesse do próprio país. A globalização é uma tendência irreversível. A China continua a abraçar o mundo e se engajar em cooperação aberta. Espera que o Reino Unido sustente também seu espírito de abertura e faça a sábia escolha que atende a interesses, para que de mãos dadas à China traga mais benefícios aos povos de ambos os lados.
Tradução: Isabel Shi
Revisão: Diego Goulart